A princesa e o noivo bilionário

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CAPITULO 3 - He isnt woth it

Isso só pode ser um pesadelo. Um terrível pesadelo.

Foi o único pensamento que fez Marie olhar em direção a Pierre, o seu irmão sorria ao olhar para a modelo, como se estivesse deliciando-se de cada palavra dita pela mulher. Ela não pensou como uma princesa, a qual deveria se manter calma em ocasiões estressantes, onde pudesse ser vista por outras pessoas, Marie Juliete pensava apenas em uma irmã sendo ferida – traída – pelo próprio irmão. Marchou em direção a Pierre, sem aparentar surpresa ao ver as pessoas abrirem o caminho para ela, e no instante em que parou ao seu lado, escutou a sua gargalhada.

― Pierre, o que você fez? – Foi à única pergunta de Marie antes de Pierre a encarar, segurar em seu braço e a puxar para perto dele.

― Fique quieta. Você é uma princesa, então se comporte como uma. Quando tudo acabar, iremos conversar – A soltou, sorrindo. – Algum problema? – A falsidade em sua voz, a fez ter vontade de vomitar. Ela negou ao sorrir, incrédula.

― Nenhum, príncipe Pierre – Marie disse antes de sorrir para a modelo. – É tão bela quanto na revista – A elogiou antes de dar as costas ao casal e seguir para o banheiro mais próximo. A ânsia de vomito se tornava pior a cada segundo, e assim que se viu próxima a uma porta que dava acesso ao jardim, não pensou duas vezes antes de avançar. Ela não queria sorrir. Não queria fingir estar tudo bem quando sentia vontade de chorar. Andou de cabeça baixa, arrastando o seu vestido pelo jardim, o sujando levemente com grama. A cada segundo tornava-se mais difícil caminhar pelo jardim, seus saltos afundavam na terra, tornando a situação pior. Marie parou assim que viu estar afastada de todos, do som da musica, dos jornalistas e de sua família, e então desabou. Ela deixou as lágrimas caírem pelos seus olhos assim que se agachou. O desespero era tamanho que ela não prestava atenção no que acontecia ao seu redor, apenas na dor em seu coração. A traição doía.

O sentimento em seu coração tornava difícil respirar ao ponto de arfar em meio aos soluços. Ela não conseguia acreditar que se tornou um produto de troca para a sua família. Uma família que havia amado toda a sua vida.

Por mais que tentasse, não conseguia acreditar. A situação era demasiada insana.

― O castelo perfeito da princesa ruiu? – A pergunta feita de forma rude fez com que Marie erguesse o olhar lentamente. Os sapatos caros, a calça escura e por fim, a face do seu noivo a fizeram vomitar, instantaneamente. Ela não conseguiu aguentar e quando viu o que fez, sorriu. Ela tinha sujado Devon Black. Seus sapatos e calças estavam repletos de seu almoço. Devon a olhou antes de suspirar e grunhir. – Fez de proposito?

― Vomitar não é como peidar ou arrotar. Não posso escolher onde fazer. – Retrucou ao levar a mão até seus lábios – Pode chamar alguém para me ajudar? – Ela não olhou para o seu rosto. A raiva, vergonha e frustração eram todas direcionadas a ele.

― Vou chamar, não quero que vejam a minha noiva desse jeito tão vergonhoso – Disse ao andar a passos duros, como se não se importasse com suas roupas sujas.

― Será que consigo fugir? – Marie perguntou-se seriamente ao pensar na possibilidade, e logo meneou a cabeça. Ela percebeu que demoraria tempo demais para chegar ao quarto a fim de pegar seus documentos e dinheiro, e não conseguiria escapar da policia que sua família iria acionar assim que percebessem. – Mas talvez eu consiga – Murmurou ao olhar em volta, levando-se abruptamente. Retirou seus sapatos, jogando-os de qualquer jeito no jardim antes de correr para a porta dos fundos. Ergueu a frente do vestido ao mesmo tempo em que sentia o vento bater em seu rosto e a parte de trás do seu vestido balançar de um lado para o outro. Ninguém viu a princesa correr pelo jardim até o momento em que ela parou em frente a porta dos fundos. Um dos guardas a olhou, confuso. – Esqueci algo – Disse sorrindo ao passar por ele. E no momento em que ele lhe deu as costas, ela voltou a correr. No palácio tinha duas formas de ir para os cômodos da ala sul, e um deles era por uma escada existente em uma área próxima a cozinha, e foi o que Marie fez. Quando parou em frente a porta do seu quarto, olhou para os lados, assustada, e então abriu a porta, a trancando em seguida. Foi em direção a uma gaveta de sua mesa de estudos, pegou os documentos que guardava, e seus cartões. Tentou tirar o vestido, sem sucesso, e optou por colocar um casaco por cima. Ela iria chamar a atenção, mas ao menos estaria longe de todos. Calçou seus tênis antes de pegar a sua bolsa, e abrir a porta. O corredor ainda estava vazio quando saiu do quarto, contudo parou no momento em que um homem surgiu. Louis a olhava com perplexidade.

A Princesa [degustação]Onde histórias criam vida. Descubra agora