Capítulo 2

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Ao lado de fora, pela janela eu observava a forte chuva que caia com relâmpagos acompanhados de trovões muito altos, olhei para o relógio ao lado que marcava meia noite.

Eu lembrava-me de hoje mais cedo quando tive aquela conversa sem pé nem cabeça com Karol sobre ensina-la tudo sobre sexo, ela nem me questionou, apenas concordou. Agora eu tinha que dar um jeito de prosseguir com isso, mas ainda não tenho certeza se devo mesmo continuar, afinal isso não é certo.

Ouço batidas bem fracas na porta, abro os olhos encarando a mesma e observo Karol com apenas a cabeça erguida me olhando.

— Que foi? - perguntei.

— Eu não consigo dormir Rugge - ela disse com a voz tensa, lembrei que Karol sempre teve medo de trovões desde pequena e sempre vinha para meu quarto dormir comigo. Um trovão ecoou mais alto dessa vez e ela deu um pulo.

— Me deixa dormir com você? Por favor - pediu fazendo manha, comigo ela sempre consegue tudo que quer com essa carinha.

Abri espaço na cama e levantei o cobertor. — Vem - falei e sorri.

Ela rapidamente entrou no meu quarto e quando se virou para fechar a porta olhei para a parte descoberta de sua bunda, mordi os lábios analisando seu corpo e vendo o quão curta e apertada era a camisola que ela usava.

Senti uma pontada no meu membro, tentarei me controlar, o que é difícil quando fico perto dela. Uma luz clara refletiu pelo meu quarto indicando que outro trovão estava por vim, Karol correu rapidamente até mim pulando na cama, tapou os ouvidos igual a uma criança quando tá com medo. Puxei seu corpo a fazendo deitar do meu lado, cobri seu corpo enquanto acariciava seu cabelo para tentar fazê-la dormir como eu fazia antigamente.

Outro trovão ecoou e Karol jogou sua perna por cima de mim e me agarrou, ela tava com medo e dava pra sentir com suas mãos tremendo contra meu peito. Aproximei ainda mais seu corpo do meu, sua cabeça estava deitada em cima do meu braço e minha outra mão acariciava suas costas.

— Calma Ka, eu estou aqui. - sussurrei em seu ouvido. Ela assentiu seus braços ao meu redor me apertavam cada vez mais. Aos poucos Karol foi pegando no sono até dormia profundamente, eu por outro lado ficava olhando cada detalhe do seu rosto. Minha mão que antes estava em sua cintura, agora desceu por sua coxa.

Em questão de segundos minha mão se aqueceu com sua pele quente, deslizei várias vezes sentindo o quanto macia ela era, subi um pouco mais a mão e apertei sua bunda sentindo sua intimidade se chocar com meu membro, fiz isso mais uma vez e aproximei o rosto do seu pescoço sentindo seu cheiro.

— Gostosa. - murmurei enquanto subi com a mão pela sua cintura até chegar em seu seio, apertei devagar para ela não acordar.

Eu sabia que Karol tinha um sono pesado, se ela acordasse facilmente assim é porque ela não estava dormindo de verdade, apenas fingindo. Puxei o cobertor pra cima, cobrindo completamente nossos corpos, impulsionei meu quadril contra o seu sentindo ainda mais sua intimidade. Abracei seu corpo deixando nosso contato ainda mais intenso. Pela a proximidade eu sentia os batimentos cardíacos rápidos, mas não era meus e sim da Karol.

Rapidamente fitei seu rosto com medo dela ter acordado, porém ela continuava a dormir, devia está sonhando. Enfiei minha mão dentro de sua camisola e fiquei acariciando sua cintura, eu não via a hora de tocar Karol completamente, de fazê-la minha a noite toda. Se Mike estiver pensando que vai encostar um dedo na minha irmã, ele está muito enganado. Karol é minha.

Mas eu teria que ir com calma para não assusta-la, eu quero que Karol aceite isso e se entregue, e não pense que sou um louco maníaco por desejar a própria irmã. Eu teria que enganar ela bem, ou seja, isso seria fácil.

Me ajeitei melhor colocando seu rosto deitado no meu peitoral, fiquei acariciando seu cabelo até que acabei pegando no sono também.

...

Meu coração ainda batia forte, eu tentava controlar minha respiração. Assim que senti o corpo de Ruggero mais calmo, abri os olhos fitando-o.

Eu estava assustada, enquanto eu estava quase dormindo, senti suas mãos em meu corpo, senti seu toque em lugares que homem nenhum me tocou. E o pior disso tudo, é que eu estava assustada por ter gostado, por desejar que ele nunca mais tirasse suas mãos de mim.

Amanhã irei questiona-lo pelo que acabou de acontecer. Mas devo confessar que não consigo tirar a imagem dele se masturbando hoje mais cedo da minha cabeça, e logo depois ele veio com aquela proposta de me ajudar e não pude recusar.

Entre vários pensamentos, senti meus olhos pesarem, deitei em seu peitoral novamente e fechei os olhos sentindo o sono dominar.

Ao acordar, fitei o lado da cama enquanto bocejava. Lembrei que estava no quarto de Rugge, em seguida lembrei-me de suas mãos me tocando, mordi o lábio sentindo um calor me consumir.

— Acordou agora? Levante logo ou vai se atrasar para o colégio. - Ruggero falou assim que saiu do banheiro apenas com uma toalha enrolada na cintura. Me sentei.

— Posso te perguntar uma coisa? - falei o fitando.

— Pode ué. - respondeu indiferente, Ruggero estava em frente ao espelho ajeitando o cabelo.

— Ontem quando vim dormir aqui, senti você me tocar - senti meu rosto corar. — E me chamar de gostosa.

Ruggero rapidamente me olhou, seu corpo parecia tenso e seu rosto assustado. Mas em seguida ele começou a rir.

— Está rindo de que seu idiota? - me irritei.

— Você deve ter sonhado Karol, eu não faria isso. - ele respondeu voltando sua atenção para o espelho.

Mas eu sabia que não tinha sonhado, ele está mentindo.

— Eu não sonhei Ruggero. - falei enquanto me levantava da sua cama. Seus olhos percorreram meu corpo, mas logo fitou meus olhos.

— A culpa não é minha se você está tendo sonhos impróprios comigo garota - ele caminhou até mim. — Agora ande, vá logo se arrumar ou se não te deixo aqui em casa e você vai ter que ir de ônibus.

Suas mãos começaram a me empurrar para fora do quarto, resmunguei. Eu queria continuar aquela conversa, quero saber por que ele está mentindo. Ruggero bateu com força a porta sem me dá chances de protestar. Então se ele quer brincar, é isso que faremos.

𝗡𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora