Capítulo 24

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O sorriso não saía de meu rosto, estava deitada no peitoral de Ruggero sentindo sua respiração no meu cabelo depois de uma maratona de filmes. Amava o jeito de como ele ficava confiante mesmo com tudo que está acontecendo.

Valentina tinha dito pra ele que Caro havia me chamado para conversar sozinha, ele me encheu de perguntas.

Despertei dos meus pensamentos com meu celular vibrando em meu bolso, rapidamente o tirei e atendi.

- Alô?

- Ka? Sou eu a Caro, pode salvar meu número aí - revirei os olhos. Seu tom sempre era sarcástico.

- O que você quer? - fui grossa. Rugge percebeu minha irritação e começou a murmurar perguntando quem era.

- Ah só quero te fazer um convite para o cinema hoje, que tal?

- Ah não estou muito afim, obrigada.

- Nunca se recusa um convite meu, se quiser eu mando um vídeo naquele grupinho que você está também, quem sabe mude de ideia né - começou a rir. Desgraçada!

Odeio essa garota.

- Que horas? - perguntei ouvindo sua risada aumentar.

- Às 7h. Ah e não se esqueça de levar o seu irmão - desligou na minha cara. Joguei o celular na cama e respirei profundamente. Carolina é tão suja.

- Era ela? O que queria? - Ruggero perguntou, puxou minha cintura juntando meu corpo ao seu e beijou meu pescoço.

- Ela me "convidou" para ir ao cinema - fiz aspas e uma careta.

- E chamou você também.

- Mas eu não vou - resmungou.

- Tá pirando? Se você não for ela envia aquela merda de vídeo para todos Rugge, temos que esperar um tempo até que eu pense em algo - falei.

- Tudo bem, mas só vou por sua causa - senti seus beijos em meu rosto e logo depois em meus lábios.

...

Eu estava com vontade de acabar logo com tudo aquilo, contar a Caro que ela não conseguiria nada com isso ou então a denunciar, mas correríamos o risco de que ela consiga divulgar. Conheço muito bem esse tipo de garota, elas não perdem tempo.

Só me submeto a tudo isso por causa da Ka, se fosse qualquer outra garota eu não me importaria, já teria dado um fim nisso. Depois que vesti a roupa para ir ao cinema, ajeitei o cabelo olhando meu reflexo no espelho, coloquei a carteira no bolso e fui até o quarto de Karol.

Ela estava usando um vestido preto de alça, seu cabelo liso e encaracolado nas pontas caiam sobre o busto e sua maquiagem destacava a cor dos seus olhos. Não me controlei, puxei-a para mim juntando nossos corpos, apertei sua cintura e selei seus lábios com gloss, fiz careta e passei a mão na boca. Odeio esse negócio. Ka sorriu e empurrou meu ombro. Pressionou os lábios por causa do gloss.

- Vamos? - disse. Assenti e passei o braço ao redor de sua cintura, nossos pais estavam na cozinha preparando o jantar, ficariam sozinhos hoje à noite, já imagino o que vão aprontar.

- Estamos indo - Karol falou.

- Tome cuidado com sua irmã - mamãe disse, sorri e saímos.

Logo chegamos ao cinema, minha vontade era de entrelaçar minhas mãos com as de Karol e andar como um casal normal, mas além dela ser minha irmã, Caro estava bem ali a nossa frente nos encarando. Senti o clima tenso, mas fingir não notar quando na verdade minha vontade era de esganar aquela garota por estar fazendo isso.

𝗡𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora