Capítulo 23

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Virei para o outro lado e joguei o braço na cama com a intenção de agarrar Karol, mas a cama estava vazia. Esfreguei os olhos e resolvi me levantar para procura-la. Depois que fiz minha higiene, fui à procura da minha menina.

Encontrei Ka sentada no sofá e chorando, ela segurava o controle remoto, mas a televisão estava desligada. Aproximei com cautela e sentei ao seu lado, toquei sua coxa.

- O que foi linda? – perguntei. Karol me olhou, mordeu o lábio por alguns segundos como se estivesse pensando se me diria ou não, mas se jogou nos meus braços e choramingou. Acariciei seu cabelo e retribui seu abraço.

- Ela gravou tudo Rugge, tudo – falava em meio às lágrimas. Eu não conseguia entender o que ela queria dizer.

- Calma amor, respira e me fala – segurei seu rosto e enxuguei-o. Karol simplesmente se virou para a televisão e ligou. Adiantou um pouco os minutos e apareceu Caro falando, Ka adiantou mais um pouco e a imagem de ontem à noite quando estávamos fazendo sexo apareceu. Fiquei boquiaberto, eu não conseguia acreditar naquilo, depois do vídeo apareceu Caro ameaçando Karol e falando para que não me contasse.

- Filha da puta, eu vou acabar com ela agora mesmo – me levantei. Se essa maluca estiver pensando que vai conseguir alguma coisa com isso está muito enganada, nunca pensei que Caro seria capaz de fazer algo assim e agora que ela já sabe eu estou completamente ferrado.

- Não Ruggero – Karol puxou meu braço e sentei novamente ao seu lado. – Você não pode fazer nada agora ou ela vai mostrar para todos, temos que fazer alguma coisa.

Abracei-a e acariciei seus cabelos, Ka voltou a chorar no meu ombro, ela deve estar péssima. Já é muito difícil para uma garota ter sua intimidade relevada, imagino o quanto terrível deve ser ter um vídeo desse nível gravado, ainda mais com o próprio irmão.

- Nós vamos dar um jeito, eu prometo – apertei-a em meus braços e beijei sua testa, não aguento ver minha garota assim. Karol se afastou dos meus braços, seu rosto não estava mais triste e sim com uma expressão de raiva, ela parecia estar determinada.

- Se ela quer jogar, então entraremos em seu jogo, mas garanto que ela não ganhará no final.

...

Caro sentia-se entusiasmada depois que entregou a caixa. Subornou aquele homem pagando-lhe uma boa quantia apenas para que ele entregasse aquilo, o homem estava trabalhando normalmente e não viu problemas em fazer.

Ninguém conseguiria explicar o porque a morena fez isso, talvez nem ela mesma. Todos os cinco anos que estudou junto com Karol, nunca gostou do fato de que ela sempre fora o centro das atenções em todos os momentos, a morena sempre conseguia tudo antes e até mesmo o Ruggero que Caro estava apaixonada, Karol o fisgou primeiro.

- O próprio irmão, ela não tem vergonha na cara – Caro falava sozinha em seu quarto enquanto planejava seus próximos passos. – Ah Karol, você vai comer na minha mão.

Caro estava disposta a ameaçar sim Karol, não por causa de Ruggero e sim por apenas vingança, necessidade de fazer o mal para aqueles que ficam em seu caminho. E se ela não a obedecesse, mostraria aquele vídeo para todos e sem nenhum arrependimento depois, por si já teria mostrado há muito tempo, mas precisava se aproveitar um pouco da ingenuidade de Karol.

Mas pobre Caro, estava enganada se acha que realmente que conseguirá ameaçar Karol, a morena é muito mais esperta do que ela imagina. Karol conseguiu acalmar Ruggero que estava eufórico e louco para procurar Kopelioff e acabar com tudo aquilo.

- Será simples Rugge, entraremos no jogo dela e farei aquilo que ela pedir até arrumar um jeito de me livrar dela.

- Mas eu não quero ficar longe de você – Ruggero puxou a garota para mais perto de seu corpo e selou rapidamente os lábios dela. Depois de arrumarem a casa e limparem toda aquela bagunça, colocaram os móveis e objetos nos lugares e foram para o banheiro tomar um banho juntos.

𝗡𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora