Capítulo 10

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Assim que saí do banho, fui direto para o closet onde peguei um calça e uma camisa social, ambos na cor preta. Me vesti rapidamente, pois Karol ficava gritando para que eu me apressasse, não demorou muito pra eu estar pronto.

- Vamos apressadinha. – falei quando cheguei à sala. Revirou os olhos.

- Finalmente, pensei que não ia vir nunca. – bufou irritada e se levantou do sofá.

- Olha o jeito que fala comigo, ou se não desisto de ir e você vai passar a noite trancada no quarto. – ameacei vendo o desespero tomar conta do seu rosto.

- Que isso maninho, não é pra tanto – tentou sorrir. - Vamos?

- Vamos. – coloquei a mão em suas costas e a conduzi até a porta. Meu pai começou a falar para prestar atenção e ter cuidado, mas não ouvi sequer uma palavra que ele falou.

Entramos no carro. Enquanto eu ligava o carro e dava partida Karol colocou uma música, tocava uma música de Lady Gaga, Ka começou a cantar e dançar no banco, revirei os olhos. Era impossível ficar sério com as palhaçadas dela, e isso era o que mais me admirava nela.

Karol não era dessas meninas que só se preocupam com a beleza ou status, ela é uma garota muito engraçada, divertida e inocente também, não tem medo de mostrar o que ela realmente é para os outros, e eu amava esse jeito de ser dela.

Tocava uma música lenta agora, coloquei a mão em sua coxa e acariciei devagar, ela parecia bem distraída.

- Você está muito linda. – voltei a acariciar sua coxa e a apertei. Parei o carro no sinal que estava vermelho.

- Obrigada – sorriu tímida. – Você também está lindo Rugge.

- Ka... – murmurei me aproximando dela, segurei seu rosto entre minhas mãos.

Colei minha boca a sua e pedi passagem com a língua que logo foi cedida, senti suas pequenas mãos segurar minha nuca e aproximar nossos rostos, explorei sua boca e passei os braços por sua volta para aprofundar o beijo.

Eu não sei o que deu em mim, mas desde que tomei coragem para me aproximar de Karol, não consigo mais passar um minuto longe dela, todos os momentos fico desejando seu beijo, seu toque e não me controlo.

Uma sequência de buzinas atrapalhou nosso beijo, olhei para cima vendo que o sinal tinha ficado verde, me recompus e voltei a dirigir, ficamos em silêncio por alguns minutos.

- Rugge, eu gosto quando você me beija assim – ela sorriu, mas ficou séria novamente. – Mas você não pode fazer isso, eu tenho namorado e você é meu irmão, e já deixei isso ir longe demais.

- Não é bem assim Ka – sorri nervoso, eu tinha medo desse momento chegar, o momento em que ela quisesse desistir.

- É sim, precisamos conversar.

- E iremos conversar, mas não agora porque chegamos. – fiquei aliviado quando ela encerrou o assunto.

Assim que entramos, fomos para o balcão. Enquanto Karol falava no celular com seu namoradinho babaca pedi ao barman uma vodka, ela conversava gesticulando, bem atenta, notei que um cara a olhava e praticamente comia ela com os olhos.

Irritado, abracei-a por trás e beijei seu ombro, ela estava tão distraída com a ligação que nem percebeu, o garoto abaixou o rosto desapontado e logo depois saiu sumindo da minha vista, sorri vitorioso.

Senti alguém tocar meu ombro, virei o rosto encontrando Agustín.

- Eai mano. – fizemos um toque de mão. Ele acenou pra Karol que já havia acabado a ligação.

𝗡𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora