Capítulo 14

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Agustín é realmente um cara muito legal. Esses últimos dias trocamos várias mensagens. Ele era engraçado e bem simpático, também carinhoso e antes nunca tive a oportunidade de conhecê-lo tão bem, sempre existiu essa barreira entre eu e os amigos do Ruggero.

Depois daquele dia no colégio, a gente se esbarrou no corredor e foi onde tudo começou. Mas nada supera o ciúme de Rugge, ele fica perguntando de um em um minuto o que ando conversando com Agus e ainda me pede para ler as conversas.

Certo dia, marcamos de sair para tomar um sorvete, encontrei Ruggero nos espionando e ele ainda teve a cara de pau de falar que só estava indo comprar um sorvete também, o que não significava ele ter ficado atrás da planta escondido.

Ouvi uma conversa deles, Agustín falava que Rugge não precisava se preocupar comigo, ele não me decepcionaria e também que poderia confiar nele. Imagina se Agus descobrisse o real motivo desse ciúmes dele?

Por falar nisso, faz um bom tempo que não nos tocamos e não nos beijamos, é bem estranho já que eu estava tão acostumada com o calor dos seus braços, estou com tanta saudade dos seus lábios. Mas a consciência sempre grita mais alto e me faz lembrar que ele é meu irmão e que isso tudo é proibido.

Diferente de Ruggero, eu não ficava perguntando sobre nada, então não fazia a mínima idéia se Caro estava atacando novamente, mas provavelmente ela está sim.

Coloquei a última peça de roupa na mala e fechei o zíper, as férias logo chegaram e passaríamos uma semana na Califórnia, papai alugou uma casa em frente à praia e eu mal esperava para chegar logo lá.

Pelas fotos, a casa era linda. Puxei a mala da cama e deixei próxima a porta. Fui até o banheiro e me despi para tomar um banho rápido, o voo seria em algumas horas.

...

Eu não conseguia entender essa aproximação tão rápida de Agustín e Karol. Eles nem se falavam e de repente já são amigos, não gostei nada disso. Sem contar que me sinto excluído entre os dois já que Agus deixou de sair comigo pra ir tomar sorvete com Ka, e minha querida irmãzinha nem me deixava toca-la direito.

E nem adianta fingir que não estou me importando, afinal quem eu quero enganar? Ainda não sei como Agus não percebeu minhas reais intenções com Karol e nem saberá já que não posso contar, infelizmente. Sempre criamos uma barreia entre garotas que o amigo quer pegar, por exemplo, se ele soubesse que cheguei nela primeiro ele não se envolveria com ela. Tenho que fingir ser ciúme de irmão.

Mas Karol... Ah Karol. Sei que ela está fazendo isso pra provocar, antes ela nunca apresentou interesse em Agustín, então por que estaria interessada agora? Mas isso não vai durar muito.

Depois que arrumei a mala, fiquei deitado na cama assistindo o jogo de basquete que passava. Meu celular começou a tocar e rapidamente peguei para saber quem era.

Carolina Kopelioff.

Ultimamente ela tem se aproximado ainda mais, porém não tenho o mesmo interesse que sinto por Karol, ela até que é legalzinha, mas muito mimada e fútil, passei o dedo no celular aceitando a ligação.

- Alô? - falei.

- Rugge? É tão bom ouvir sua voz de novo - revirei os olhos. - O que acha de viajar comigo?

- Ah desculpa Caro, já vou viajar com minha família.

- Que pena, viajem de família é sempre chato - Revirei os olhos de novo, como poderia ser chato sendo que terei Karol só pra mim?

- É, mas agora tenho que desligar, tchau. - finalizei a ligação e em seguida desliguei o celular para prevenir que Caro queira ir comigo nessa viajem também.

Minha mãe veio no quarto me chamar para guardar a mala já que partiríamos em alguns minutos, levei as malas para o carro e Bruno colocou na porta malas. Fomos almoçar, Ka lavou a louça e em seguida fomos para o carro rumo a Califórnia, finalmente.

Sei que fazia calor, mas isso não justificava esse short curto que Karol estava usando, deixava suas pernas todas de fora e era complicado concentrar em outra coisa que não fosse suas coxas grossas. Bruno estava concentrado na estrada e Antonella estava dormindo, Ka estava lendo um livro. Aproveitei da sua distração pra colocar a mão em sua coxa e acariciar. Ela me olhou com os olhos arregalados de imediato, aproximei um pouco meu rosto do seu ouvido.

- Sinto sua falta - murmurei enquanto ela se arrepiava toda. Passei a língua em sua nuca e beijei devagar, ela se encolheu.

- Papai vai ver - disse baixo. - Pare com isso.

Quanto mais ela pedia para parar, mais eu continuava.

- Eu não entendo porque você se afastou assim de mim, pensei que você gostava - minha mão estava quase em sua virilha acariciando, Karol imprensava uma perna contra a outra.

- Você sabe que não podemos - ela nem me olhava direito.

- Qual é Ka, sei muito bem que o motivo não é esse - finalmente minha mão chegou em sua intimidade, pressionei meu dedo contra o tecido do seu short jeans.

Karol bateu com força na minha mão fazendo barulho.

- O que está acontecendo aí? - Bruno perguntou sem nos olhar.

- Nada pai, é só o Ruggero me enchendo aqui - Karol lançou um olhar feio para mim.

- Deixe sua irmã em paz Rugge - olhou de relance para nós e voltou a sua atenção para a estrada.

- Karol... - murmurei enquanto colocava a mão na sua coxa de novo, aproximei. Ela me olhou com tanta raiva que imediatamente tirei a mão.

- Por que você não vai enfiar sua mão na Carolina e me deixa em paz? - falou entredentes. Comecei a rir baixo, então o problema realmente era a Kope como suspeitei.

- Olha eu não sei o que você sabe, mas eu garanto que quem eu quero é você, só você Ka. Eu sou louco por ti. - ela me encarou por alguns minutos, depois suspirou e voltou a ler. Deixei que ela pensasse um pouco, espero que ela tenha se convencido.

...

Assim que chegamos, fiquei maravilhado com a casa que nosso pai tinha alugado, era realmente bonita e grande. Entramos e escolhemos nossos quartos, fui para a cozinha procurar algo pra comer, mas ainda não tinha nada. Suspirei entediado.

Fui para a porta e fiquei olhando a praia, era muito bonita, a água bem cristalina. Foquei na garota caminhando para o mar a minha frente, era a Karol. Sorri.

Corri para meu quarto e troquei a roupa, coloquei um calção de banho e baguncei meu topete. Desci rapidamente as escadas e fui à cozinha.

- Vou tomar um banho de mar - falei com minha mãe.

- Ok meu amor, fique de olho na sua irmã - pediu na inocência.

- Pode deixar, cuidarei. - já minhas palavras não tinham nem um pouco de inocência. Bruno estava na sala vendo televisão e também pediu para não demorarmos.

Assim que saí de casa, caminhei em direção a Karol, ela estava de costas por isso não me viu. Entrei devagar para não chamar a atenção dela, queria fazer uma surpresa. A água estava tão gelada que quase gritei, mordi os lábios e quando cheguei mais perto a agarrei com força.

Karol gritou e colocou a mão no coração, me fitando assustada e ofegante. - RUGGERO! Você quase me matou de susto agora.

Sua respiração estava acelerada e ficaria ainda mais agora.

- Desculpa princesa, mas eu sei que você fugiria se me visse - deslizei a mão pela sua barriga e a virei para mim, Karol entrelaçou as pernas em meu quadril enquanto eu ia um pouco mais para o fundo.

- Por que eu fugiria? - suas mãos acariciavam meu cabelo. Segurei sua bunda com força e a apertei. Puxei os laços do lado que prendiam seu biquíni, joguei-o na areia pra não corrermos o risco de perdê-lo, levei a mão até sua intimidade e acariciei devagar vendo seu olhar fixado no meu.

- Porque vim terminar aquilo que comecei mais cedo no carro.

𝗡𝘂𝗲𝘀𝘁𝗿𝗼 𝗦𝗲𝗰𝗿𝗲𝘁𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora