A criatura passa pelo carro caminhando lentamente,ele nem se preocupou em examinar o veículo. Se descobrisse que eu estava aqui tentaria me atacar de qualquer jeito.
Pego minha mochila,estava completamente molhada,comida,arma,tudo danificado pela água...
— Droga...eu deveria ter trazido uma capa de chuva ou algo do tipo. — Digo suspirando — Quem manda ser tão despreparada.
Três sopas enlatadas,duas garrafas de água,um kit de primeiro socorros,munição para pistola e uma faca,os únicos que conseguiram se salvar...menos mal. Esse carro onde estou abrigada da chuva parece em bom estado,a sorte está ao meu lado,as chaves do veículo estão jogadas no banco da frente.
A chuva só veio parar na parte da tarde,o sol aos poucos ia aparecendo entre as nuvens timidamente. Permaneço dentro do veículo até um determinado tempo,saio estado totalmente preparada. Se quisesse usar esse carro para chegar a fazenda do meu tio teria que conseguir gasolina.
...e muito provável que os postos de combustível estejam vazios,devo me arriscar por ai para conseguir gasolina ou continuar meu caminho a pé?...
Perderei mais tempo com a primeira opção então é melhor deixar do jeito que está.
— Bem,não foi dessa vez. — Movimento os ombros.
Logo me ponho a caminhar. De repente se ouve uma explosão do outro lado do quarteirão,assustada olho em todas as direções possíveis. Pelo barulho as criaturas e os infectados poderiam vir a qualquer momento,corro na direção oposta do som para evitar ser cercada por eles.
No meio da correria algo agarra meu pé e eu caio com tudo no chão. Uma criatura sem pernas e de dentes afiados me arrasta para de baixo de um carro,chuto sua cabeça e assim que levanto volto a correr.
...
Olho para trás verificando se nenhum monstro me perseguia e assim que viro o rosto para frente esbarro em algo,nesse caso,alguém que acaba me derrubando.
— Cuidado moça,olha por onde anda.
Um rapaz de pele morena está bem ali,parado de forma inconveniente como um idiota...
— Oi,eu sou Douglas. — Ele estende a mão para tentar me levantar.
— Oi — Falo de forma séria recusando a ajuda. Imediatamente me levanto.
Ele tinha estatura baixa...talvez um pouco mais do que eu...seus olhos eram pretos e o cabelo escuro de tamanho médio,mas o que mais me chama a atenção nele era a roupa de presidiário que vestia.
— Não vai me dizer seu nome?. — Ele da um meio sorriso.
— Sathya. — Cruzo os braços.
— Então Sathya,o que faz por aqui?.
— Esbarrando na multidão. — Falo sarcasticamente.
— É,talvez a culpa tenha sido minha,me desculpe. — O rapaz parece envergonhado — Ouviu aquela explosão?...pois é,fui eu,tentei atirar em um infectado mas alguns dos disparos acabaram atingindo o tanque de gasolina de um carro e aquilo aconteceu...sou péssimo com armas.
Minha cara de desinteresse era maior do que qualquer outra coisa. Douglas começa a me olhar de cima a baixo,ele fica em silêncio...
— OK...tudo bem? está ferido ou algo do tipo?...se não,ótimo,a gente se ver por ai talvez. — Saio andando.
— Ei espera. — Ele vem minha direção.
— Posso ajudar em alguma coisa?.
— Bom,primeiramente estou feliz de você não ser uma criatura metamórfica e... — Ele para de falar ao analisar minha cara impaciente. — De qualquer forma,estou a muito tempo vagando por ai e...
— Procura um refúgio?.
— Isso. — Douglas se agita. — Sabe onde eu posso...sei lá...encontrar alguém que possa me ajudar.
Eu até poderia indicar a localização do refúgio corrupto onde estava,mas não sou tão má assim. Duvidas sobre ele começam a invadir minha cabeça,eu poderia ao menos uma vez na vida confiar em alguém?...não.
— Desculpa,eu não tenho como ajudar você. — Continuo andando.
— E você Sathya,a onde vai?.
— A lugar nenhum.
— Ótimo,podemos ir pra lá juntos.
...era só o que me faltava...
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(Continua No Próximo Capítulo)
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Os Independentes
AcciónO mundo agora é completamente dominado por criaturas de origem desconhecida,transformando metade da população em infectados esses seres reinam na terra,infelizmente não há mais lugares seguros. Os poucos humanos que restam correm o risco de serem in...