Penúltimo Capítulo - Lugar Seguro.

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O centro é deixado para trás assim como todas as coisas ruins que passamos para chegar até aqui,algo que de certa forma é um alívio. Minutos depois nós já estávamos passando em frente ao aeroporto da cidade e uma bizarra sensação de déjà-vu me causa estranheza.

— Sabem. — Douglas começa a falar — Uma vez ouvi em algum lugar que estavam evacuando,andei por dias,infelizmente quando cheguei aqui não havia mais ninguém.

— O que será que aconteceu com os sobreviventes desse lugar?. — David pergunta.

— Talvez tenham fugido para bem longe. — Respondo.

— Provavelmente,isso foi a muito tempo e se eu fosse eles faria a mesma coisa. — Explica Douglas.

O lugar me parece bem protegido com esses muros altos,mas é uma pena que um ambiente tão grande como esse esteja abandonado hoje em dia.

— E o refúgio no sul Douglas?. — Pergunta o garoto.

— Não seria a mesma coisa sem vocês e além disso já tomei minha decisão.

— Que pena,mas fico feliz por sua escolha. — Movimento os ombros.

...

Aos poucos a gente saía da cidade,agora tudo que resta daquela cena de destruição de antes é apenas uma estrada solitária e um campo aberto coberto por vegetação. Logo tudo da espaço a um milharal,reconheço o lugar que antes eu vinha quando queria me esconder de minha família...

— Estão intactos. — Diz David — Há a possibilidade de alguém estar cuidando dessa plantação?.

— Sim,estamos perto da fazenda do meu tio. — Falo com um sorriso — Se for o que estou pensando é ele que está cuidando desse lugar.

— Não brinca comigo Sathya,isso é sério?. — Douglas se surpreende — Sem criaturas,sem infectados e numa zona completamente afastada da cidade,esse lugar é perfeito.

— Acelera,estamos quase lá.

...

...Chegamos...

Paramos a caminhonete bem em frente,saímos do veículo contemplando a incrível visão de tudo ao nosso redor. A casa é gigantesca e o espaço é imenso,tudo continua lindo e em perfeito estado.

Bato na porta da casa diversas vezes com a esperança de alguém vir me atender. Saindo do celeiro um cachorro vem correndo de forma amistosa em nossa direção...ele lambe todo mundo como uma forma de comprimento e começa a latir em tom de brincadeira.

Um homem com roupas típicas de fazendeiro aparece,com os cabelos grisalhos quase não reconheci meu próprio tio.

— Sathya? é você?. — Ele se aproxima.

...o homem me abraça...

— Oi tio Josh. — Retribuo o gesto.

— Está viva,como?...achei que...

— É uma longa e complicada história — Explico — Esses aqui são David e Douglas,conheci eles por ai.

— Como ela disse,é uma longa história. — David comenta.

— É um prazer conhecer vocês,se soubesse que teria visita eu iria preparado algo.

— Não é o tarde de mais. — Responde o rapaz com um sorriso.

— Tio,estávamos pensando em ficar aqui,lá na cidade está um caos e...

— Claro que sim. — Ele me interrompe — Há quartos e comida o suficiente,podem se sentir em casa

O homem nos convida para entrar. Acho que fiz uma boa escolha em vir para cá,meu tio é um homem solitário,mas isso não significa que ele queria estar sozinho. Agora ele é minha única família e talvez o destino não seja tão cruel dessa vez...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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