5ª Capítulo - Depois Do Susto.

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O infectado é uma mulher,provavelmente a dona da loja. Com um movimento rápido ela avança para cima de mim,imediatamente tento imobiliza-la segurando seus braços...

— Douglas,não fica parado ai,faz alguma coisa. — Falo de forma tensa.

— OK...eu vou...

De maneira desajeitada ele pega a arma e dispara errando todos os tiros,suas mãos tremem e o nervosismo fica estampado em seu rosto. De repente um dos disparos acaba pegando de raspão em minha perna esquerda.

— Me desculpa Sathya. — Diz ele trêmulo.

Piso no pé da infectada e quando ela me solta lhe acerto um soco. Aquilo vem novamente em minha direção,desvio de seu ataque e finalizo derrubando ela no chão com uma rasteira. Pego minha faca e enfio em sua garganta a mantando de vez.

— Sua perna está sangrando. — Fala Douglas assustado.

— O tiro foi de raspão não é nada para se preocupar. — Respondo.

— Mas eu...

— Vamos,me ajude a retirar esse corpo daqui. — Interrompo.

Ele balança a cabeça positivamente e logo me ajuda a retirar o infectado morto de dentro do estabelecimento...

Foi um momento tenso,mas ainda bem que pude controla-lo a tempo antes que piorasse. O ferimento em minha perna não era tão grave,provavelmente a dor iria me atormentar por alguns dias.

Tiramos o corpo da loja e o colocamos na calçada,retorno para dentro mancando,Douglas vem logo atrás.

— Tem certeza de que está tudo bem?. — Ele pergunta.

— Claro,aquilo não foi nada.

— Talvez precise de um curativo,deixa eu te ajudar. — O rapaz se aproxima.

— NÃO... — Grito — Quero dizer...para de se preocupar comigo OK,vai fazer frio e eu preciso que me ajude a acender a lareira.

Douglas não fala nada. Por fim anoitece. Usamos os restos de uma cadeira de madeira velha como lenha para a lareira,o frio agora já não é mais problema.

...

Reviso todo o estabelecimento,mas não tinha nada que pudesse ser útil. Móveis foram colocados na porta de entrada para dificultar a passagem de monstros. Em frente a lareira estava Douglas,ele olhava de forma vazia para as chamas,talvez eu tenha o tratado de forma rude...

— Oi. — Digo me sentando próxima dele.

— Você pode atirar em minha perna se quiser. — Ele me encara mas logo sorri.

— Não vou fazer isso. — Suspiro — Não agora.

Ele mantem o sorriso. Pego minha mochila e retiro uma sopa enlatada.

— Infelizmente eu só tenho duas,havia muito mais comida,mas minha mochila molhou por conta da chuva...perdi muita coisa,inclusive minha arma. — Explico — Aqui,você pode ficar com essa.

— Obrigado Sathya,eu não como a dias — Douglas agradece — Pode se dizer que o jantar estar servido.

— Mas então,me conta,como era sua vida antes?. — Pergunto.

— Ah sim...você se refere a roupa de presidiário...bom,eu fui preso por tráfico de drogas. Sabe,eu nunca fui do tipo...digamos...bom moço,entende?. — Responde ele.

— E como veio parar aqui?.

— Quando tudo isso começou os policiais estavam transferindo os presos para bases militares. O ônibus onde eu ia foi atacado por criaturas,muitos conseguiram se salvar,como eu.

— Tem notícias da sua família?.

— Não,mas isso nem importa mesmo,eram pessoas ruins e... — Douglas suspira — Mas e você?...com essa personalidade durona aposto que tinha um emprego digno.

— Eu era uma striper.

— Ah... — Ele fica meio nervoso — Desculpe.

— Não tenho problema em falar sobre isso. — Sorrio — Aprendi a não confiar nos outros,mas você até que deu sorte.

— É,ninguém resiste a minha beleza.

— Convencido. — Reviro os olhos — Eu também não vou sair por ai atirando em todo mundo.

— ...o jeito que você lutou com aquele infectado,onde aprendeu esses golpes?.

— Sozinha...

— Bem,acho que amanhã vamos ter um longo dia pela frente,é melhor estar bem disposta.

— É...a começar por uma boa noite de sono.

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(Continua No Próximo Capítulo)

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