4ª Capítulo - Um Novo Aliado.

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— Não,nós não podemos ir juntos. — Falo de forma séria.

Volto a andar,dessa vez com passos largos,mas ele é insistente e vem atrás de mim. Douglas garra meu braço me forçando a parar,com um gesto bruto retiro sua mão de mim...

— Não encosta. — Ameaço.

— Calma OK. — Ele recua — Nós humanos devemos nos unir e...

...impaciente agarro a gola de sua camisa e o empurro com força contra a parede...

— Escuta aqui,se tá achando que eu vou perder meu tempo com alguém como você pode retirar essa ideia da cabeça. — Meu tom é de extrema fúria — Se vier atrás de mim novamente,vou cortar sua garganta.

— Por favor...você vai a algum lugar longe,verdade?...eu...eu tenho transporte,se me deixar ir posso cooperar. A pé você só será um alvo fácil para as criaturas e os infectados.

Ir sozinha ou deixa-lo vir comigo?...suspiro...

A roupa de presidiário que ele usa parece contar uma larga história sobre sua origem,mais um apetrecho para não confiar nele. Por outro lado minha consciência é traiçoeira ao ponto de me fazer sentir pena,é uma difícil decisão.

— Tá,tudo bem. — Falo depois de um longo tempo pensando — Você pode vir.

— Obrigado.

— Bom,onde está o transporte?. — Pergunto.

— Por aqui,vem...

...

Andamos até chegar no estacionamento de um supermercado,havia carros ali. Douglas caminha até um veículo prateado em péssimo estado e com a estrutura bastante danificada.

— Está aqui. — Diz ele — Vim pra cá procurar por comida,mas tinha um infectado e quando ele me viu começou a me perseguir,tentei despista-lo.

— É,isso explica muito. — Cruzo os braços.

— A onde vamos exatamente?. — Ele pergunta.

— Fazenda de um tio meu. — Respondo.

— Ótimo,é só ir me indicando o caminho...

— Nada disso. — O Interrompo — Para não perdemos tempo com isso sou eu que irei dirigir,tem problema pra você?.

— Não,a vontade. — Ele sorri nervoso.

Entro no veículo já sentando no banco do motorista,Douglas senta ao lado,parece estar surpreso. Pelo menos é uma forma de chegar mais rápido ao meu destino,mas tenho certas duvidas em relação ao tempo que o carro irá durar na estrada.

Durante o percurso fomos em silêncio,Douglas até que tentava introduzir um assunto,mas eu só conseguia manter o foco na estrada. O tempo foi passando e logo os minutos se transformaram em horas...

— Você sabe que daqui a pouco vai escurecer. — Ele comenta — Não acha melhor parar e ir procurar um lugar para passar a noite.

— E?...

— Eu só acho que dirigir de noite não é uma boa ideia. — Ele responde — Conheço um lugar por aqui onde podemos ficar.

Admito que o dia foi bastante cansativo,não seria bom tentar passar a noite acordada sem ao menos um tempo para descansar...

— Tudo bem,vamos lá.

...

Chegamos a um novo bairro,estaciono o veículo dentro de um beco. Logo saio junto com Douglas,nós nos certificamos de que o ambiente estaria livre de criaturas ou infectados.

— Vem. — Ele indica o caminho.

— A onde vamos exatamente?. — Pergunto.

— Há uma loja de antiguidades aqui. — Responde Douglas — É um ambiente confortável,há móveis,uma lareira,luz elétrica...

...o lugar se parecia com uma casa comum,é legal saber que tudo parece em bom estado e nada foi destruído pelo tempo. Adentramos a loja com cuidado,estava escuro,retiro a lanterna da minha mochila e passo a procurar pelo interruptor.

— Nossa,você anda tão preparada assim?. — Pegunta o rapaz admirado.

— Nunca se sabe o que vamos enfrentar. — Movimento os ombros — Mas parece que não tem ninguém aqui...perfeito.

Rapidamente acho o interruptor. De repente ao ligar a luz vejo um infectado de costas no canto da parede...algo que realmente me assustou bastante.

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(Continua No Próximo Capítulo)

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