7ª Capítulo - Os Bandidos.

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De repente alguém me agarra com o braço em volta do meu pescoço...

— Quietinha... — Fala o homem perto do meu ouvido quase sussurrando.

Ele me arrasta brutalmente para fora do estabelecimento. Um outro homem está com o revólver apontado para Douglas.

— É o seguinte,passa pra gente tudo o que vocês tem e ninguém sai ferido. — Diz ele.

— O carro,também queremos ele. — Fala o outro que me agarrava.

Sem hesitar Douglas entrega a mochila para o cara armado e logo em seguida as chaves do veículo. Posso notar que ele está nervoso,mas felizmente está conseguindo manter a calma diante dos bandidos.

— OK...já tem tudo,agora será que pode deixar a gente ir?. — Fala ele calmamente.

— Espera...

O homem começa a vasculhar a mochila como se estivesse buscando por algo valioso,mas logo em seguida parece se irritar...

— Só isso?. — Ele altera a voz — Vocês dois são um bando de inúteis.

— Calma ai Johnny,talvez a mocinha aqui tenha alguma utilidade para nós.

— E o que fazemos com o tipo vestido de presidiário?.

— Matamos ele ou deixamos morrer para uma criatura...

...é o suficiente...

Acerto uma cotovelada com toda a força no estômago daquele que me segurava,ele se afasta,com um movimento rápido retiro a arma do meu bolso e atiro no pé do outro homem que apontava o revólver na direção de Douglas. Encaro o homem se contorcendo de dor no chão sem um pingo de remorso.

— Confortável?. — Debocho — Me da um bom motivo para não atirar na sua cabeça.

— Mata essa desgraçada. — Diz ele em fúria

O outro vem e tenta tirar a arma de minhas mãos,o ferimento em minha perna atrapalha bastante ainda mais com os movimentos bruscos. Acerto uma joelhada no meio de suas pernas e ele para imediatamente...

— CORRE... — Grito para Douglas.

Rapidamente pego a mochila e a chave do carro...

...

De volta ao veículo eu piso no acelerador e logo saio dali. Pelo caminho Douglas passa a me observar com a cara de idiota,eu não sei dizer se ele está admirado ou assustado pelo o que fiz.

— Quer fazer o favor de parar de me olhar,isso está assustando. — Digo.

— Tudo aconteceu tão depressa que nem deu tempo processar a situação. — Ele responde. — Você foi incrível como sempre,mesmo com o ferimento na perna.

— É,da próxima vez você ajuda ao invés de ficar parado.

— É perigoso reagir a um assalto.

— Diz o traficante de drogas. — Me irrito — Eles iam te matar Douglas,mesmo que você tivesse colaborando,não pensariam duas vezes.

— Bom,acho que sou eternamente grato. — Ele sorri — Lá na farmácia eu consegui remédios,podem ser úteis.

— Eu também consegui alimento,mas não é o suficiente.

...nesse momento entramos em um novo bairro...

— Ei,estamos perto da minha casa,nós podemos passar por lá. — Douglas se alarma — Quem sabe eu não possa tirar essa roupa de presidiário e colocar algo mais...digamos...aceitável.

— Nós não podemos ficar fazendo essas paradas,temos um longo percurso pela frente.

— Eu sei,mas depois do que aconteceu hoje precisamos de um tempo para recompor...e sua perna está sangrando.

— Droga,o curativo dever ter caído... — Suspiro — ...tá nós podemos parar lá,mas só por uns minutos.

— Perfeito — Ele sorri. — É a próxima casa a direita.

Paro em frente a residência,era óbvio que o lugar estaria completamente abandonado,as plantas crescidas em volta mostram isso...

— Se quiser ficar ai fora tudo bem. — Fala Douglas saindo do carro.

O lugar não me transmitia confiança,mas parece que o idiota aqui nem se preocupava em revisar antes de qualquer coisa.

— Ei espera... — Vou atrás dele.

Tarde de mais,Douglas já abria a porta de sua casa sem tomar cuidado,logo de cara uma surpresa nos aguardava...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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