14ª Capítulo - Juntos Novamente.

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As horas se passaram,estava anoitecendo,quando finalmente escurece David e eu conseguimos encontrar refúgio dentro de um restaurante. Para completar também começa a chover...o frio sobe parcialmente...a chuva começa vir cada vez mais forte,os trovões e relâmpagos assustam um pouco.

...lá fora,em plena escuridão,cada clarão dava vida a uma silhueta diferente,as criaturas estavam por perto...

— Bom,acho que esse lugar está bom para passar a noite. — Digo ao terminar de revisar.

Encontro David sentado em uma das mesas do restaurante com o olhar vazio. Eu geralmente não sou do tipo de puxar assunto,mas ver aquele garoto ali me faz querer ao menos tira-lo um pouco dessa realidade.

— Quantos anos tem?. — Pergunto me sentando ao lado dele.

— 15... — Ele responde — As coisas não tem sido fáceis ultimamente,verdade?.

— É,sinto falta de tudo...de tudo mesmo — Suspiro — Isso pode ser meio insensível mas,o que aconteceu com sua família?.

— Eu estava em tratamento no hospital quando tudo isso aconteceu,nem lembro direito,só sei que estive muito doente. — Ele responde — Foram apenas algumas semanas internado e minha família ia me visitar o tempo todo,um dia eles pararam de vir...e também foi quando tudo começou.

— Eu entendo,perdi minha família para as criaturas. — Suspiro — ...ainda tenho esperança de reencontrar um tio,é só questão de tempo até chegarmos lá.

— E se ele não estiver lá?.

— Ai eu terei perdido meu tempo. — Mostro um sorriso — Amanhã vai ser um novo dia,no momento estamos sem recursos e preciso de um cérebro a mais para me ajudar num plano.

— Sabe,estamos perto do centro da cidade,sei que é uma zona perigosa mas usando a boa estratégia nós poderíamos driblar o perigo.

— Gosto de sua determinação,é raro encontrar gente assim hoje em dia. — O encaro — ...vamos ao menos tentar dormir um pouco.

...

Na manhã seguinte a neblina toma conta da rua inteira,David ainda estava meio sonolento mas eu me encontro em total atenção. Em alguns minutos chegaríamos ao centro da cidade,a grande variedade de mantimentos estavam cercados pelo perigo.

— Fique atento,não sabemos o que nos aguarda. — Falo olhando em volta.

— Minha fome é tão grande que não consigo prestar atenção em nada. — David resmunga.

— Eu também não comi nada,mas tudo o que tenho a dizer é para você ter um pouco mais de paciência.

— Vou tentar...

— EU NÃO ACREDITO. — Grita uma voz ao longe.

— Douglas?. — Encaro o rapaz atrapalhado que vinha em nossa direção.

...ele me da um abraço sufocante...

— Pensei que nunca mais ia ver vocês,que bizarro é o destino. — Douglas se agita.

— Quer parar de fazer escândalo,pode atrair...

— Paz e harmonia. — Ele sorri — A onde vão?.

— Ao centro da cidade. — David responde.

Logo o rapaz desfaz o sorriso e nos encara meio assustado...

— Como assim?...Sathya,você ficou maluca?.

— É a rota mais rápida. — Movimento os ombros.

— Aquele lugar é um caminho sem volta,quase missão suicida,digo isso pois eu sei bem como as coisas funcionam por lá.

— Sei disso Douglas,eu não arriscaria nossas vidas atoa,mas lá podemos arranjar comida e até um novo veículo.

— O caminho até aqui pode não ter sido perigoso para você,mas as criaturas se encontram em maior número naquela região e você acha que pode detê-las com uma simples arma?.

— OK e o que você sugere então?. — Pergunto cruzando os braços.

— Eu conheço uma estação de trem que pode nos levar ao refúgio no sul. — Responde ele.

— Ainda essa história?. — Falo com indiferença — E vamos de que? a pé seguindo os trilhos?.

— Não é um plano ruim. — Ele insiste — Seriam só alguns dias de caminhada e...

— Sathya,Douglas,acho melhor vocês pararem de discutir e olharem isso...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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