15ª Capítulo - O Centro Da Cidade (parte 1).

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Um pouco distante de nós uma criatura gigantesca vinha lentamente em nossa direção. O monstro era maior do que um poste de luz,sua pele avermelhada se assimilava a de um cadáver onde em algumas partes estava em carne viva e seus olhos eram apenas espaços vazios.

— Aquela coisa esta vindo em nossa direção. — Falo preocupada.

— Talvez se formos sorrateiramente ele nem veja a gente. — Comenta David.

— É,talvez dê certo,me sigam...

David e eu começamos a andar enquanto Douglas permanecia parado sem mover um músculo...

— Você vem ou não?. — Pergunto.

— Não podemos ir por ali. — Ele responde — Eu já vi esse tipo de criatura antes e essa é uma péssima ideia.

— Vê,esse bicho é tão lento que nem parece sair do lugar,o único perigo é ficarmos aqui e esperar ele pisotear em nós.

— Você não entende. — Douglas aumenta o tom — Age como se fosse a líder,mas é tão egoísta que nem tem coragem de olhar em volta e enxergar os outros.

— Está com raiva só por eu não concordar com seu plano de ir para o sul?. — Cruzou os braços — Acorda,sem mim você nem teria chegado até aqui.

Douglas parece se irritar e começa a falar cada vez mais alto sobre o quanto eu só penso em mim mesma. A criatura parece perceber nossa presença e para de andar,de repente,com uma velocidade impressionante ele começa a correr em nosso rumo.

...como uma avalanche o monstro destruía tudo que estava a sua frente...

— CORRAM. — David grita.

...

Os escândalo chamou a atenção de alguns infectados que estavam por perto,mesmo assim o monstro continuava nos perseguindo e não parecia mostrar sinais de cansaço. Percorrendo ruas e becos nós já havíamos despistado ele,desse jeito perdo totalmente o censo de direção.

— Que bom,a criatura parou de seguir a gente. — Comenta Douglas — Não seríamos pário para ele.

— Espera,acabamos de adentrar o centro da cidade?. — Diz David confuso.

— Sim,praticamente estamos expostos a o perigo. — O rapaz me observa — Isso não teria acontecido se...

— Se o que?. — O Encaro — Eu não estou amarrando você...vai...tá livre,pode ir a onde quiser.

— Vocês querem parar de discutir. — David chama nossa atenção — Se não perceberam estamos praticamente sem nada e na zona mais perigosa da cidade,ou vamos trabalhar juntos ou vamos sentar aqui e esperar uma criatura devorar a gente.

David tinha razão,brigar não iria resolver metade dos problemas do mundo. Me recomponho e começo a analisar a situação. Tem lojas em volta e há uma mercearia também,se a sorte estiver do nosso lado podemos encontrar mantimentos.

— Certo,iremos mais rápido se nos separarmos. — Digo ao suspirar — Vocês dois podem ir por ali,peguem,podem levar minha mochila caso encontrem algo...eu me viro...

David e Douglas balançam a cabeça positivamente e vão em direção a mercearia,minha missão seria encontrar um veículo em bom estado. Por aqui a destruição é mais explícita do que em outros lugares,talvez por ter sido a primeira região onde as criaturas apareceram.

Um táxi parado quase em cima da calçada parece o único com uma boa aparência,me apróximo dele e procuro pelas chaves,estavam jogadas no banco de trás. A gasolina estava pela metade,acho que não seja o suficiente para nos levar a fazenda do meu tio.

— É melhor do que nada. — Comento.

Decido então avisar os outros sobre isso,mas ao virar o rosto logo me deparo com uma criatura de tamanho mediano,seu corpo era completamente torto e os braços estavam posicionados em partes diferentes. Eu estava sem minhas armas,tinha guardado a faca e o revolver na mochila antes de entrega-la para Douglas.

Uma nova criatura surge,com braços desproporcionais ao corpo e um enorme olho que cobria grande parte da sua cabeça. Os dois vem em minha direção,um deles corre desesperadamente...

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(Continua No Próximo Capítulo)

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