10 - O que esperar de você?

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Boa tarde, amores, mais um capítulo prontinho para vocês. Tentarei publicar o capítulo 11 entre segunda e quarta-feira. Continuem votando, comentando e participando, inclusive se quiserem dar idéias são muito bem-vindas. Repito que agradeço a cada leitor e que todos têm um lugar especial na história e no meu coração. Desfrutem muito!!
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Gustavo fitou Natália com tanta raiva, que seus olhos verdes chamuscavam, ele sentia como o sangue circulava por sua cabeça conduzindo aquela sensação indigesta por dentro de suas veias. Ela sabia como tirá-lo do sério e habilmente usava esse recurso sempre que julgava necessário. E, naquele momento, Gustavo sabia que ela o usaria com frequência, pois sua intenção era aniquilá-lo. Como ele um dia fez com ela. E ele sabia que Natália acreditava que sua sede de vingança podia legitimar tudo.

Ele estava tomado de tanto ódio, que viu o controle escapar-lhe pelas mãos e ele se transformar em um selvagem. Como uma transmutação pela qual passavam os personagens de histórias em quadrinhos quando sofrem alguma alteração biológica. Mas o que mais indignava Gustavo é que, assim como esses personagens, ele também tinha uma fraqueza. Aquela feminilidade sedutora que Natália exalava e que lhe inebriava, entrava pelos poros, fazia com que ele a desejasse inclusive enquanto a odiava.

Ele se aproximou ainda mais, colou seu corpo no dela, mediu cada milímetro da pele do rosto dela, até se deter em seus olhos que o encaravam com sarcasmo, com deboche, com uma intolerável ironia e disse:

— Eu vou te ensinar a não brincar assim com os brios de um homem. — As primeiras palavras saíram graves, mas as últimas já eram quase somente um rumor, aquela maneira tão dele de sussurrar e fazer vibrar o corpo de Natália.

— Ah, é? — Indagou Natália desafiadora. — E como você pretende me ensinar isso? — Gustavo odiava que aquele ar sarcástico não sumia de seu rosto um segundo sequer. Ele sabia porque Natália fazia isso e que ela desfrutava o dúbio efeito que essa atitude tinha sobre ele.

Ele segurou seus braços entre suas mãos grandes de maneira firme, seus olhos e sua linguagem corporal exprimiam sua vontade. Ao mesmo tempo, ele percebia que Natália recebia aqueles sinais e não demonstrava intenção de fugir, muito pelo contrário. Ela tinha um leve sorriso no rosto, esperando e desejando o que ele pensava fazer. Levemente aproximou sua boca da dela e ela percebeu sua pulsação ao sentir seu hálito quente tocando seu rosto e aquele olhar de Gustavo tão selvagem.

Naquele cenário, a presidência da empresa que era alvo da disputa de poder dos dois, com avidez envolveu sua boca com os lábios dele. Com a mão esquerda puxou o corpo de Natália para junto de si e logo a abraçou com a direita passando a acariciar suas costas, seus cabelos enquanto a beijava de maneira rude, selvagem e, ao mesmo tempo, apaixonada.

Conduzia o beijo abrindo a boca com tal aflição que grande parte do rosto de Natália era devorado pela boca dele. Ela também o beijava, devorava seus lábios, sentia sua língua em contato com a dele, como ele recorria os cantos de sua boca com desespero. Com suas mãos, Natália, envolveu seu pescoço e sentiu os lábios tão vorazes de Gustavo devorarem os seus, aos que ela também devorava. Ao sentir as mãos dele sobre sua cintura, estremeceu de desejo, como queria senti-las percorrendo cada parte de seu corpo.

Apesar de estarem envoltos nas intensas sensações daquele beijo, Natália conseguiu pensar que em como era bom o gosto e a sensação de beijarem-se. Giravam seus rostos ritmadamente recordando um tempo em que se amaram enlouquecidamente, sentindo que acoplavam. A impressão era que sentir calor da respiração do outro e o gosto de seus lábios quentes sobre os seus era, uma necessidade que ambos compartilhavam e que estava cada vez mais difícil esconder.

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