Tom de Vingança

34 - Cercados🔞

Demorou um pouquinho, mas está aí o capítulo 34 todinho para vocês. Desfrutem, comentem e favoritem. 💘📍📖

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Gustavo segurou forte as mãos de Natália preocupado por suas lágrimas. Ele supunha que eram de emoção, mas, de todo modo, lhe provocava um forte aperto no peito ver que Natália chorava. Ela sorriu, aliviando-o um pouco e apertou também suas mãos.

— Você não sabe como me alegra ouvir isso, Gustavo. — Ela disse tentando secar um pouco seu rosto. — Me demonstra sua boa vontade em ganhar minha confiança, é tudo que sempre esperei de você.

— E me alegra te deixar feliz comigo, Natália. Encontrar Diogo no hospital hoje, o modo como ele se comportou, me fez recordar que eu te devia, no mínimo, ser o mais transparente com você por tudo pelo que passamos.

— Eu me lembro quando você cogitou me contar isso e me pediu para contar sobre as ações de Diogo, mas eu recusei. — A sua voz denotava o quanto ela lamentava que houvesse sido daquele modo. — Te juro que gostaria de haver feito diferente.

— Não nos lamentemos pelo passado. Principalmente porque se formos falar de erros que cometemos... sei que te ganho de longe. — Sorriu.

Natália sorriu de volta. Quem os visse conversando assim, tão leves e felizes envoltos naquela aura de amor jamais diria que tinham passado por tudo o que passaram para terminarem assim. É um caminho somente possível de ser percorrido através do amor, da resignação, do perdão e da aceitação dos erros e defeitos do parceiro. Com ressentimentos, raiva, orgulho e sentimento de vingança, a situação não flui e as pessoas sempre terminam paradas num mesmo ponto.

— Os dois cometemos muitos erros e isso é um fato. — Concordou ela. — Mas estamos agora em um momento tão diferente que parece que eu nem me lembro de quando eu queria te destruir ou me vingar de você.

— Agora, você tem razão em uma coisa e temos que nos cuidar para seguir assim. Para as pessoas, exceto minha filha, temos que continuar fingindo que estamos iguais. Tanto eu quanto você. Eu desconfio do que Diogo queira, mas temos que surpreendê-lo ao ponto de ele terminar sem ação.

— O que ele quer é me destruir. Ele nunca superou a raiva que sentiu de mim na juventude. — Recordou Natália.

— Mas você não o ajudou a superar chantageando-o. — Gustavo censurou-a levemente.

— Eu sei disso. Querendo me vingar de você e, de alguma maneira, te trazer de volta para minha vida, também o trouxe de volta e tudo o que ele representava. Mas me sinto muito mais forte para enfrentá-lo ao seu lado. — A carinha de boba apaixonada não desaparecia um só segundo.

— Eu também me sinto mais forte, Natália. Com você eu me sinto de uma maneira que nunca pensei me sentir ao lado de alguém. Sinto que, independente de todos os problemas que possam aparecer, eu estou bem porque estamos juntos.

O beijo selou aquela noite que lhes recordou as melhores sensações de estar apaixonados. As mãos frias e suadas, o coração disparado, os olhos inquietos, a boca seca. Tentavam não entregar-se tão intensamente aos beijos em público porque sabiam que tinham que manter a discrição para não terminarem dando munição a Diogo. Mas seus corpos sabiam que precisavam de mais. Gritavam-lhes que tinham um segredo que os consumia e se tornava maior que eles, maior que tudo.

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O segredo que tinham que esconder em público explodiu naquele mesmo quarto de hotel onde Gustavo havia levado Natália uma noite quando a raptou na saída da empresa. Entraram ali beijando-se intensamente envolvidos como se nada mais no mundo existisse além deles. Poucas vezes haviam estado juntos sem os obstáculos que eles mesmos haviam criado e, dos quais, naquele momento estavam completamente certo em abrirem mão.