36 - Viveme

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Boa noite, meus amores. Quero agradecer à vocês pelos 9k que esta história alcançou. Cada vez que vocês demonstram em votos, comentários e nas leituras a grande receptividade dela, me fazem muito feliz e, acreditem, ajudam para que ela continue acontecendo. Tenho recebido muitos questionamentos com relação à Luz do Passado e se os respondo aqui é porque a maioria das leitoras também lê essa história. Os capítulos dessa história demoram mais porque me dão mais trabalho, mas estão sendo produzidos, não abandonarei a história. Sem mais delongas, desfrutem o capítulo. A canção do capítulo é o clássico que embalou os mais lindos momentos de amor do nosso casal. Víveme de Laura Pausini. 🎶

***
Natália relutou em conversar com Gustavo no quarto. Sabia como terminavam a maioria das conversas que tinham em lugares não propícios para distração, imagina as conversas que ocorriam com um cama ao alcance. Insistiu para que conversassem no escritório ou na sala reservada. Um pouco relutante, ele cedeu. Ela tinha o coração na boca com tudo que vinha acontecendo.

Não estava sendo fácil assumir aquela relação com Gustavo. Não estava sendo fácil esconder tudo de todos e esperar que tudo desse certo mesmo com tantas pessoas contra eles. Havia escolhido viver tudo aquilo única e simplesmente porque não podia com todo amor que tinha dentro de si. Mas cada adversidade que tinham que enfrentar eram fatores que lhe recordavam que talvez aquela relação não fosse para dar certo, que talvez estivesse mais que fadada ao fracasso.

🎶 No necesito más de nada ahora que
Me iluminó tu amor inmenso fuera y dentro
Créeme esta vez
Créeme porque
Créeme y verás
No acabará, más 🎶

— Eu não te entendo, Gustavo. Você me fez acusações muito fortes na última vez que conversamos e agora me chama para conversar como se nada tivesse acontecido? — Questionou-o com a cara fechada.

Gustavo serviu vinho e entregou a taça para Natália. Sorrindo. Natália teve vontade de socá-lo. Ele sabia que ela ainda estava chateada e sua atitude era continuar a tentar parecer que nada tinha acontecido. Bufou pegando a taça e sentando-se no sofá que ficava de frente à lareira.

— Você também me fez acusações bem fortes. E numa relação as coisas se resolvem conversando não? — Ele indagou servindo-se vinho e sentando-se no sofá oposto ao que Natália estava.

— Não sei. Na minha com Mariano não. — Disse seca e resistente. — Na sua com Ana Paula e Fabíola, sim?

— Você sabe que não. — Disse ele num tom quase lamentoso. — Mas com você eu quero fazer tudo diferente. Esse assunto da presidência mexeu com nossas feridas. Então... Falemos sobre isso.

Natália tragou seco. Tomou um gole do vinho sem mudar sua expressão. Sabia que ele estava certo, mas era muito complicado aceitar.

— Está bem. Você tem razão quanto à isso. É que tudo isso é tão difícil. — Confessou Natália.

— Você achou que seria fácil?

— Não. Eu não me planejei para que isso aqui — referiu-se expressivamente à relação dos dois — acontecesse.

— Seu plano era unicamente se vingar.

— Sim.

— Então sua pergunta também serve para você. Talvez você também não esteja preparada para uma relação com um homem como eu.

— Como assim? — Natália ruborizou. Seus pensamentos viajaram para lugares que ela não queria permitir ao mesmo tempo em que não conseguia evitar.

Tom de VingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora