Tom de Vingança

45 - O que desperta sua paixão

Muito muito obrigada pelos 14k. Eu pretendia terminar Tom de Vingança antes, mas o amor de vocês por essa história é o mesmo que tenho. Cada voto, cada comentário, cada recomendação, tudo tem seu valor. Mais um para vocês. 🎁
A história vai até o capítulo 50 (ou 48).
Capítulo sem revisão, relevem os errinhos.
Desfrutem muito de Tom de Vingança. 💋👠

***

Quando Natália chegou ao rancho estava exausta. Haviam sido muitos dias de extrema tensão, definitivamente precisava de um tempo para descansar seu corpo e suas emoções. Conversou com os poucos empregados da casa para que não dissessem a Leandro onde ela estava. Queria que aquele fosse um momento de recolhimento e reflexão.

Sempre havia amado intensamente àquele lugar, a essa paisagem, ao grande contraste que isso significava com o mundo empresarial que havia escolhido. Aquele rancho era o elo de união de sua família. Onde haviam vido seus pais, onde ela e Leandro haviam sido criados, onde Leandro planejava formar aquela família que tanto idealizou.

Sentiu-se um pouco culpada de não dizer que sua ideia sempre havia sido passar um tempo no rancho a Leandro porque sabia que ele podia se preocupar muito por ela e acabar dizendo a Gustavo. E, naquele momento, tinha muita dificuldade só em pensar na simples ideia de encarar Gustavo. Como poderia contar-lhe que esperava um filho seu sem contar aquela verdade do passado?

No mínimo precisava se fortalecer antes de olhar nos olhos de Gustavo e confessar-lhe o que havia acreditado que ficaria para sempre escondido em sua alma e em seu coração. Existem verdades que cortam a carne, rasgam e fazem sangrar. E aquela era uma delas. Não aceitaria contá-la justificando-se porque se sentia imensamente culpada em qualquer circunstância. Nunca superou sua incapacidade de proteger seu filho naquela ocasião, não se perdoaria revelar essa gravidez de agora novamente em um momento de fragilidade.

Definitivamente o melhor era que ninguém soubesse pelo tempo que ela precisava se manter ali. Era o melhor e mais seguro a se fazer. E o mais importante. Era a melhor maneira de que seu filho estivesse seguro. Longe de todos os riscos que sua vida pudesse representar-lhe.

Depois do banho, antes de se recolher, olhou pela última vez seu celular cheio de mensagens de Gustavo. Seria ele capaz de perdoá-la? Adormeceu com essa dúvida na cabeça. Talvez já o tivesse perdido ou, talvez, caso ele tivesse realmente alguma coisa a ver com seu sequestro, nunca o tivesse tido de verdade.

***

Gustavo estava aflito no início da manhã seguinte por causa da ausência de respostas de Natália. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação, nada. Ele sabia que havia prometido dar-lhe seu tempo, mas imaginou que já havia tempo suficiente para que ela, ao menos, respondesse suas mensagens. Diante desse desaparecimento tão longo, decidiu romper a promessa a procurá-la. O amor justificava sua ansiedade. Sorriu ao encontrar Leandro na sala conversando com Fabíola quando já imaginava se dirigir à casa de Natália.

— Leandro! Que bom que você está aqui eu... ia à sua casa. — Ele foi diminuindo o tom e a empolgação ao longo da frase, pois se sentiu patético.

— E eu ia falar com você. — Disse Leandro encarando Fabíola com aquele olhar cúmplice de pena.

— O que houve? Por que vocês se olharam assim? Aconteceu algo mais com Natália? — Ele já estava com taquicardia tamanha a preocupação de que ela pudesse estar em risco uma vez mais.

— Não, não, não. Com isso não se preocupe. Apesar de muito afetada emocionalmente, fisicamente Natália está bem e segura. Acontece que...

— Essa sua hesitação está me deixando nervoso, Leandro.