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Olá Thóruanos lindos do meu ❤️
Quero chegar já pedindo que se estiverem gostando da história não esqueçam de deixar seu voto. Basta clicar na estrela em cada capítulo. Infelizmente a votação está bem desproporcional a quantidade de leituras 😭

Vou tentar postar dois capítulos por semana para adiantar um pouco as coisas.

O mais importante! Se divirtam ❤️

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Anpu ainda não acreditava no que acabara de acontecer. Nem mesmo ele ousou desferir um golpe em Amut no dia em que precisou descer até as profundezas. No dia em que encontrou Amut naquele lugar, pronto para transformá-lo em comida. Mas, ali estava ela, desmaiada, após o esforço de golpeá-lo.

Anpu sondou seu corpo com a magia e sentiu cada ferimento que ele causara antes. Ele sentiu seus pulmões respirarem com dificuldade, provavelmente estranhando a diferença no ar de Thórun. Ele mesmo se sentira mais fraco ao respirar na Terra e precisou de algumas horas para se acostumar com a densidade do ar.

Estranhamente, Amut não revidou ao golpe e permanecia farejando o corpo estirado de Alison. Ele fungou em sua testa, sentindo aquela marca que sumia conforme os minutos passavam. Fungou em seus cabelos, tentando reconhecer o que estava diante dele. Cada movimento mínimo de Alison, que mais parecia dormir de exaustão, fazia com que Amut recuasse em um salto.

- Que bom ver que não sou o único intrigado com ela. - Amut ergueu o focinho para olhar Anpu e piscou.

- Você não foi o único que levou um golpe hoje. Ela trancou parte da minha magia dentro da própria mente. Consigo acessá-la, mas não consigo retirá-la de lá. - Amut voltou a farejar a testa de Alison deixando um rastro de baba. Anpu observou como ela parecia ainda menor e frágil diante do tamanho do animal.

- Vamos acampar aqui esta noite. Assim que ela acordar vou tentar retirar minha magia e então posso terminar o que comecei. - Amut bufou em protesto e Anpu ergueu as sobrancelhas.

- Não sei porque está reclamando. Talvez não precise caçar o jantar essa noite. - Amut olhou preguiçosamente se afastando de Alison. Ele se deitou no chão, demostrando desinteresse na refeição oferecida.

Anpu saiu para fazer o reconhecimento do perímetro, sondando com sua magia a segurança do local. Embora seu poder ainda fosse letal, sentia que lhe faltava parte de suas forças. Ele não desejava ficar por muito tempo longe da jovem, que continha presa parte de sua magia dentro de si. Era como um fio fino que se esticava entre os dois e mesmo de longe ele podia senti-la.

Era estranha sua constante presença. Ver seus sonhos e sentir sua dor conforme ela recobrava e perdia a consciência. Mesmo a alguns metros de distância, ele podia ouvir seus gemidos enquanto ela oscilava entre a realidade. Anpu seguiu na direção em que o vento soprava. Era para lá que o cheiro dela seguia, sendo empurrado por uma brisa forte que se espalhava pela floresta de Thórun. Ele desejou que o cheiro dela não atraísse problemas.

A luz de Thórun estava prestes a se apagar, junto a ela, iria o calor que aquecia o planeta. Quando a escuridão caia sobre Thórun, cada ser dependia unicamente de sua própria magia para se manter aquecido. O guerreiro estava incerto de que Alison sobreviveria. Talvez sua morte seria a solução para reivindicar sua magia roubada, ou talvez, parte dele se perderia para sempre. Mas, saber que sua morte não viria por suas mãos, era quase como um alívio.

Anpu se sentou próximo de Amut. Havia um silêncio costumeiro. Pela primeira vez ele questionava o futuro. As ordens de seu Rei haviam sido claras. Precisava descobrir como ela sabia a respeito de seu mundo, então deveria matá-la e retornar com respostas. Mas, as coisas haviam saído do controle, quando ele se deparou com uma força que não compreendia. Quando ele ouviu aquela voz antiga que sussurrava no ouvido da jovem. Ele precisava de mais tempo antes de retornar e entregar seu relatório.

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