A ESCOLHA (CONCLUÍDO)

Capítulo 26

Estou entretida com meus pensamentos doidos, mas saio do meu mundo quando vejo Matt se aproximar.

Ele não fala nada para mim, só me olha e vira de costas, indo na direção da porta e batendo. Não demora muito para o diretor abrir a porta com uma cara estranha e muito vermelha. Ele está com ódio nos olhos e isso me faz formular mil teorias do que pode ter sido essa denúncia.

Caramba, como é ruim ser curiosa!

Heitor me deixou com o celular dele, é um modelo bem atual e eu não sei nem por onde começar a mexer nisso aqui. A única coisa boa é o joguinho que ele possui e é isso que vou fazer para passar o tempo. Abro o jogo e quando começo a entender as regras, aparece uma notificação. Não sou de invadir a privacidade de ninguém, mas seja quem for está mandando um monte de coisas, pois o telefone não para de apitar. Por achar que possa ser algo de muita importância, abro e sou direcionada para o contato da...

Francine?

Porque ele ainda tem o contato salvo?

Fico tensa, e sinto uma agonia quando vejo que são fotos e vídeos. Estão todos embaçados e vejo que preciso baixa-los para ver. Sinto meu corpo gelar na primeira foto que eu vejo.

Francine deitada em uma mesa de sinuca, com três caras penetrando ela.

Embaixo da foto tem a mensagem

"Fiz isso ontem, mas só gozei quando lembrei disso aqui"

Minhas mãos começam a tremer quando vejo que há outro vídeo e sem pensar nas consequências o abro.

Fico horrorizada com a quantidade de pessoas que estão na mesma cena. Há muitos homens e mulheres transando sem pudor, mas o que mais me choca é.... Heitor transando com várias ao mesmo tempo. Não da forma normal, todas estão sendo seguradas por cordas e presas em uma altura que dá perfeitamente para ele em pé, sair de uma e entrar em outra. E a Francine é o destaque. Ela está totalmente presa. Seus pulsos e tornozelos estão acorrentados, ela está totalmente aberta e sua... Está sendo esticada por um objeto estranho. Os bicos dos seus seios estão presos com algo que eu não sei o que é, mas sinto uma dor só em imaginar aquilo. É feio, nojento, é um ambiente negativo e com cara de dor.... Quando Heitor vai para ela, aquele não é o mesmo que eu conheço! Ele não tem a mesma cara de desejo que fica quando está comigo. Vejo um ser sem alma, que só está ali para comer e satisfazer.

Sinto um bolo em meu estômago e dou graças a Deus por ter por perto uma lata enorme de lixo. Travo o celular e corro para abrir a tampa, vomitando tudo que tinha em meu estômago. Quanto mais eu vomito, mas sai e quando penso que vou desmaiar, sinto alguém segurar meu cabelo para trás e me ajudar a ficar em pé quando termino.

– O que foi que aconteceu, Bruxinha? Você está pálida, gelada. Vem aqui...

– Me solta, Heitor. – Digo, puxando meu braço e sentindo uma coisa ruim.