A ESCOLHA (CONCLUÍDO)

Capítulo 58

Dizer que estou chocado é muito pouco para descrever o que está passando em minha mente.

Entramos no escritório e sentamos um de frente para o outro. Estou sem palavras em relação a tudo.

Pego meu celular e envio uma mensagem pedindo informações sobre o que acharam em relação ao sumiço do Petrovi. Tenho absoluta certeza que ele está por trás dessa chacina.

– Filho, se foi esse homem que fez isso com eles.... Precisamos quadruplicar toda a segurança à nossa volta. Digo não só da Melanie, você também e a mim. Olha a facilidade que foi acabar com uma família cercada por seguranças. Nunca vi ninguém se aproximar deles, pois, a equipe bem montada não dava brecha. – Meu pai diz, passando as mãos nos cabelos. – Quero muito entender porque eles? Não faz sentido...

– Pai, qualquer merda eles já estão levantando a arma. Qual sentindo eles arranjam para matar? Eles só fazem. Se ficarem desgostosos com algo, fodeu. E sabe o que está me preocupando mesmo? É ele não ter tentado chegar diretamente na Mel. Ele tem condições, está provado depois dessa. Mas... O que o impede de tentar avançar? – Suspiro cansado, preocupado com toda essa merda.

Meu celular começa a tocar e vejo que é o Kany.

– Fala.

– Ele voltou. Estamos monitorando em tempo real. – Diz me deixando só um pouco aliviado.

– E tinha mais alguém com ele? Uma mulher? – Pergunto para tirar o que resta de dúvidas.

– Sim. Ela estava com os pulsos e tornozelos amarrados, totalmente acorrentados. Não vimos o rosto, pois estava coberto.

Só pode ser a Francine...

– E o estado... Como ela estava?

– Tinha muito sangue, Heitor. Nas pernas e nos braços, principalmente. – Imagino a cena e o que reproduzi não foi uma cena muito boa.

– Ok. Kany, preciso que busque pessoas mais confiáveis para montar guarda na frente do apartamento e outra para quando formos sair. E por favor, tomem cuidado também.

– Certo. Vou fazer isso agora. – Concordo, e desligamos a ligação.

Falo ao meu pai do estado que a garota que foi levada estava e conversamos um pouco mais sobre segurança.

Vamos para a sala e as duas mulheres da vida do meu pai, estão brincando com a nova mascote da família. Acabo sorrindo com a cena, a pequena Molly vai deixar a Scooty maluca.

Subo em direção ao quarto e abro a porta devagar, tentando não fazer barulho. Tranco e vou para perto da minha Loirinha. Ela está dormindo de barriga para cima, posição mais confortável que encontramos para sua barriga que cresce absurdamente.

Retiro os sapatos, já indo em direção a cama. Me sento, tirando o celular do bolso da calça, colocando-o em cima do criado mudo.

Deito e trago a minha dengosinha para junto de mim. Quero que ela sinta meu calor e toda a minha vontade de protege-la de tudo.