Capítulo 37

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– Heitor, esses dias que eu passei fora, foram de grande ajuda para eu me colocar no meu lugar e entender como as coisas funcionam

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– Heitor, esses dias que eu passei fora, foram de grande ajuda para eu me colocar no meu lugar e entender como as coisas funcionam. Admito que não fui uma boa mãe, sei que faltei com você em várias fases de sua vida e sei também que eu queria moldar você a minha maneira. Me perdoe por ter sido uma mentirosa, me desculpe por omitir e nunca revelar que eu tive uma filha... Mas ela é uma parte complicada do meu passado! Ela seria a comprovação dos meus dias de existência, de que um dia eu fui uma...

– Puta. – Digo, sem receio. Ela me olha e arregala os olhos, entretanto continua.

– Sim. Eu não sentia nada, nem quando ela nasceu eu senti amor. Eu tive nojo de mim, nojo do cara que colocou ela dentro de mim e ódio pelas coisas terem chegado a esse ponto. Seu pai foi um grande encalço no começo. Ele ficou puto por dias, talvez por meses quando eu a levei para o centro de adoção. Eu sabia que se eu a tivesse aceitado, na realidade ela ia sofrer muito mais do que sendo adotada por quem realmente queria passar esse lado fraterno. Desculpa, mas eu não me arrependo. – Balanço a cabeça negativamente e tento pensar em coisas boas para não acabar estourando e magoando a nós dois.

– Dona Grace, eu ainda não tive tempo de procurar por ela. Você não imagina a quantidade de coisas que vem acontecendo e o quanto estou ocupado esses dias. Mas, se você não quer vê-la, é melhor nem se reaproximar de mim! Porque eu vou atrás dela e pedir perdão por terem a abandonado em um lugar qualquer. Quero que ela saiba que tem um irmão, que quer reerguer o laço que foi cortado no dia que você decidiu joga-la ao léu.

– Tudo bem. Eu sei que perdi tudo.... No entanto, irei aceitar tudo isso, que está acontecendo, sem reclamar. – Ela para de falar e olha para atrás de mim. Nessa hora viro um pouco o tronco, e avisto a minha pequena, que está com uma cara inchada de quem acabou de acordar e com uma feição de quem não está entendendo nada. Ergo a mão para que ela venha para o meu lado e quando a tenho segurando, sento ela em meu colo. – Olá, Melanie.

– Oi. – Ela diz e fica a encarando.

– Bem, preciso pedir desculpas a você. Talvez demore para entender o porquê de tudo isso, mas sinto a necessidade de pelo menos tentar ser uma pessoa melhor. Serei sincera, eu sempre vi meu filho casando com outra pessoa. Sempre quis que fossemos sócios dos pais da menina Francine e isso me cegou realmente. – Ela diz olhando para a Mel. – Eu fui ruim e vou tentar me redimir. Não irei atrapalhar a vida de nenhum de vocês. Sei que seu pai tem outra e não irei interferir nisso. Que vocês sejam felizes e me perdoem por toda essa merda que eu provoquei. Principalmente você, menina. Não arquitetei aquele ato, mas acabei concordando com tudo que a cabeça fértil da Francine programou. Mil perdões por ter participado de algo infame e doloso. Ela conseguiu me manipular, sem nem ao menos perceber.

Minha mãe fica de pé e a pergunta seguinte, me surpreende.

– Posso dar um abraço em você? – Ela pergunta e a Mel não levanta de imediato.

A ESCOLHA (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora