A ESCOLHA (CONCLUÍDO)

Capítulo 42

Está tudo pronto para o pedido...

O mar decidiu ajudar e mesmo com a maré alta, as ondas estão menos revoltas.

Olho as horas no relógio, e vejo que já deu tempo suficiente para minha Loirinha fazer o que tinha que fazer. Além do jantar e o pedido, pedi que organizassem o quarto com luzes e pétalas de rosas no caminho.

Entro no elevador mais relaxado, pensando no que vou dizer, no que vou fazer depois da resposta... Planejei uma noite diferente para nós dois, vou fazer com ela, o que eu nunca fiz com outras.

Minha pequena bruxinha, merece que tudo seja único e especial.

Entro no quarto sorridente, mas meu sorriso morre com o que vejo a minha frente.

Corro até ela e me ajoelho já ficando desesperado com o seu choro compulsivo.

– Amor, meu amor. O que houve? O que fizeram com você? – Puxo ela sem muito jeito, e abro as pernas para que ela fique bem no meio. – Melanie, olhe para mim! Bruxinha, por favor.... Você está soluçando de tanto chorar. Está vermelha para caralho! Se acalme e me fale o que fizeram com você. Melanie!

Ela levanta aquele olhar triste e fica me encarando por longos segundos. Do nada ela pula em meus braços, circundando meu pescoço, me apertando com toda sua força.

– Me Desculpa.... Por favor, não vai embora. Não termine comigo e me abandone como sempre era abandonada. Minha vida está melhorando agora, estou completa e com todos que amo ao meu redor. – Ela diz com a voz arrastada, pela força que está fazendo para controlar o choro. – Thor, eu juro que não foi por mal. Juro que não sabia! Estava tudo certo, não tinha motivos para desconfiar, até que comecei a passar mal por tudo. Cheiros me enjoavam, comidas que eu gosto do mesmo jeito. Eu não quis acreditar, eu não quis te contar para você não se preocupar atoa. Agora não sei como vai ser..... Não sei se ele está bem, porque eu comi muita porcaria. Amor, eu não vou suportar se eu não conseguir sustentar ele por falta de nutrição.

Meus batimentos começam a acelerar disparadamente, começo a sentir um frio na barriga e minha respiração já não se encontra tão estável.

Eu entendi... E como eu entendi!

– Onde estão? – Pergunto engolindo em seco, respirando profundamente. – Onde estão os testes?

Ela começa a chorar de novo, talvez por não ter respondido a sua pergunta e não ter demonstrado nenhuma reação. Mas estou anestesiado, sendo transportado para outra dimensão.

Ela aponta o dedo trêmulo para a bancada da pia, e eu me levanto sem dizer nada.

Me aproximo da bancada, e há quatro testes de gravidez. Todos, sem exceção, estão selando a mudança de nossas vidas.