Capítulo 89

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A Van começa a acelerar ainda mais rápido, o trepidar na estrada ainda cheia de neve, me mantem atenta para o homem a minha frente

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A Van começa a acelerar ainda mais rápido, o trepidar na estrada ainda cheia de neve, me mantem atenta para o homem a minha frente. Eu queria me desligar, queria fugir das sensações, mas uma força louca e desenfreada, me fortalece, fazendo com que eu tome a atitude de me proteger.

Então, sendo movida pela vontade de me resguardar, mordo com toda força que eu possuo, sua mão. Sinto o gosto de ferro, mas não solto até que ele bate em meu rosto com a outra e aperta as minhas bochechas fazendo com que eu solte.

– Porra, você é braba em garota...Parece uma cadela que precisa de um trato. – Respiro com dificuldade, tentando acalmar o misto de sentimentos ruins que me assolam. – Não é porque você é a princesinha do chefe que eu não me atreveria a provar também. Ele nem notaria...

Começo a me debater quando sinto seu hálito podre, com cheiro de cigarro e bebida, chegando próximo a minha boca.

Fecho a boca com força quando ele tenta passar sua língua nojenta por cima. Minhas lágrimas começam a descer, meu desespero começa a aumentar quando sinto ele vindo para cima de mim. Ainda lutando contra as suas investidas, sinto a van diminuindo a velocidade e parando. Ele não percebe, e continua a tentar investir sua boca contra a minha. Já estou ficando sem forças para impedir, quando a porta é aberta e o disparo da arma inunda o ambiente, fazendo meu ouvido zunir e o meu rosto molhar pelos respingos do sangue que saiu da abertura que a bala fez, ao ser varada de trás, saindo pela sua testa. Seu corpo cai em cima de mim, e levanto as mãos trêmulas para o seu ombro, tentando empurra-lo.

Aí meu Deus, ele acabou de levar um tiro na cabeça.

Seu corpo é tirado de cima de mim, e eu fecho os olhos me encolhendo, pondo a mão protetoramente em minha barriga. Vou para o cantinho do banco, rezando e pedindo que nada aconteça com os meus benzinhos.

– Bonequinha, eu falei a você que mataria tudo e a todos para ter você comigo.

– Seu idiota! Me deixa em paz. Porque tudo isso? Qual a merda do seu problema? – Grito num rompante tosco de fúria. Pensando se meu Thor estaria bem.

– Fale direito comigo, minha nervosinha. Só minha. – Diz se ajeitando ao meu lado, trazendo sua mão para o meu rosto. –Se alguém tentar mudar os meus planos, matarei primeiro esses fetos em sua barriga e depois a nós dois. Já tive uma conversinha bastante esclarecedora com o Heitor. Se ele seguir as minhas regras, poupará a vida de muita gente. Se não, se ele for louco suficiente para tentar me enfrentar, irá perder todas que ama. Imagina, como será difícil perder três mulheres de uma só vez? As três mulheres da vida dele, mortas, porque ele não soube seguir as regras e ficar quieto.

– Ele não vai agir com imprudência! E você não vai ser ileso. Não vai! – Olho com raiva para ele, que só faz sorrir, trazendo seus dedos em meu rosto, melando os seus dedos com o sangue de um dos seus.

– Princesa, o que você acha que eu sou? Ninguém é páreo para mim. Eu sou o rei de tudo, sou eu que mando e desmando nesse meio. Não tem força tarefa no mundo, que derrube a força de um homem como eu. Não adianta, nada vai mudar o rumo das coisas. Não venha espernear, gritar ou querer fugir. Isso só vai ser desgastante para você e eu quero ouvir o som de sua voz mais vezes. Quero escutar meu nome saindo de sua boca enquanto eu a fodo como merece.

Começo a sentir uma falta de ar, uma vontade louca de tomar uma atitude e acabar de vez com esse filho da puta. Mas eu não tenho nada, e seria praticamente impossível pegar sua arma e terminar com esse inferno. Ele usa o seu polegar melado de sangue, passando pelos meus lábios, e os melando com um olhar de prazer.

Fecho os olhos com força, afim de tentar imaginar coisas que me levem para a parte boa do mundo, porque o que eu preciso antes de tudo é ter calma e consciência que irei precisar lutar por três pessoas.

Não vou deixar que ele me toque. Eu morro, mas antes preciso ter a certeza que consegui salvar a vida de três bebês inocentes.

– Isso. Gosto de você caladinha. Vou comer essa sua boceta com tanta vontade, toda a vontade que você me fez sentir...Cindi... Minha princesa Cindi, você será a minha mulher, vai dar e me servir todos os dias, até eu colocar um filho meu aí. Quero um herdeiro para suceder meu império. Ninguém vai derrubar um mafioso como eu. – Ele diz e tenta me dar um beijo. Mordo seu lábio até sentir o gosto de sangue. Mas tão logo foi meu ímpeto de me proteger de um beijo, senti o tapa forte em meu rosto e depois uma batida forte em minha cabeça.

– Agora durma.... Quando chegarmos em nosso esconderijo temporário, você vai ter que ter forças para olhar tudo a sua volta e ver que ele não a ama. Ele irá escolher a outra, com toda certeza desse mundo, ele não vai escolher você. Porque te escolhendo, duas pessoas saem mortas desse jogo. – Segurando em minha cabeça, ele me puxa, dando um beijo colado em minha boca. A batida foi muito forte, fiquei sem forças para conter qualquer ato seu. Meus olhos vão fechando, e minha cabeça está revirando, pensando no que vai acontecer agora.

Além de todos os defeitos, ele ainda é louco. E tudo piora por eu ser parecida com a Cindi, irmã da sua ex-mulher.

 E tudo piora por eu ser parecida com a Cindi, irmã da sua ex-mulher

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Data de publicação: 09/04/2019

Sei nem o que falar. Esse foi pequeno, porém o outro... O outro será o maior de todos os capítulos que já escrevi. 

Vocês possuem ideia de quem seja a terceira pessoa?

A ESCOLHA (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora