Prólogo

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"Existem bloqueios que nos acompanham por toda a vida, são como fantasmas de todos os medos e inseguranças que ficaram presos a um passado difícil de esquecer."

— A.M

Gaby

A manhã de domingo estava ensolarada, coisa que me fez levar muito cedo e ser forçada a caminhar com meu pai, ele é médico, e isso faz com que seja difícil eu ter a liberdade que gostaria, para ser gorda em paz já que não pega muito bem eles.

Falam que é para minha saúde mais, no fundo, sei que é vergonha que sentem de mim.

Peguei uma blusa de manga vermelha, calças legging preta, tênis da all star roxo e fiz um coque alto no cabelo.

Estava deserto no dia de semana que tem pessoas caminhando com seus animais ou filhos.

A única coisa que via eram bois, vacas, bezerros e cavalos nos pastos, era bom sentir o cheiro de capim fresco, ao som das minhas playlist favoritas.

Estava ouvindo o novo álbum do ''Sorriso Maroto'', até que vejo um garoto de cabelos castanhos e óculos escuros correndo sem camisa dava para ver seu abdômen perfeitamente definido.

Passou por nós cumprimentando o meu pai e nem ao menos me olhou fingi que não me importei era acostumada a nunca ser notada por garotos bonitos como ele estava cansada disso.

Uma vez na vida eu queria que um garoto gostasse de mim como sou.

— Filha, ele é um bom garoto — Meu pai falou vendo ele correr na nossa frente.

— Han? — perguntei, me fazendo de desentendida, retirei um dos meus fones de ouvido.

— Devia ter ao menos cumprimentado o garoto — falou, ajeitando os seus óculos escuros.

— Não o conheço — falei, bebendo um pouco da minha água.

— Mesmo assim é por educação, você até mesmo cumprimenta os idosos — falou, pegando a garrafa de água das minhas mãos

— Da próxima vez irei cumprimentá-lo — falei vendo ele sorrir — Qual é o nome dele? — perguntei curiosa.

— Teófilo, ele é filho do dono do hospital onde trabalho — respondeu, acelerando um pouco passo, começamos a falar assuntos banais.

Téo

Acordei bem cedo nessa manhã de domingo, foi um dia ótimo, vesti apenas uma bermuda e fiquei sem camisa mesmo, peguei uma fruta saindo comendo com a garrafa de água.

Resolvi que ia dar uma corrida precisava estar sempre em forma já que sou o capitão.

Esses últimos meses são preciosos já que haverá olheiros da faculdade que estarão de olho em nós.

Estava distraído ouvindo uma música nos meus fones de rádio até que vi Gabriel, ele e o meu pai eram amigos de infância.

Eu o vi com uma garota muito bonita, deve ser a filha dele, eu o cumprimentei olhei rapidamente para ela, mas ela desviou o olhar então nem fiz o mesmo.

Esse ano me mudo de turno e estava estudando a noite para ajudar o meu pai, então vou estudar de manhã já que agora eu preciso focar na minha faculdade.

Voltei para a casa mas o rosto dela não saia da minha mente, nunca me importei com a aparência das pessoas, o que importa para mim, é o que vem de dentro.

O Garoto Que Me Notou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora