Um Ombro Amigo

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"Nos momentos difíceis que vemos quem realmente podemos contar.''

-T.Q.O.

Téo

Estava no meio da festa da Gaby, pra falar a verdade era apenas, uma pequena comemoração,

O importante era ver aquele sorriso no rosto que me fazia querer estar mais e mais perto dela.

Meu celular começou a tocar achei estranho por ser a minha tia Karen,fazia tempo que não falava com ela.

Me afastei das pessoas para poder atender a ligação dela.


— Boa noite, sobrinho.

— Boa noite tia, para estar me ligando deve ter acontecido algo não é?

—Infelizmente sim, sua mãe está no hospital.

— O que aconteceu?

— Ela tentou se matar.

— Me passe o endereço por mensagem, já estou a caminho.

— Ok.


Finalizou a ligação, logo o meu celular fez um barulho a mensagem da minha tia havia caído.

Me despedi de todos, peguei a minha moto e fui em direção ao hospital particular da cidade.

Ao chegar lá falei com a recepcionista que me explicou onde era o quarto da minha mãe.

Quando achei o local, vi minha tia falando ao telefone pelo jeito era com o meu pai.

Minha tia era bem diferente da minha mãe, por ser uns anos mais jovem que ela, era uma das estilistas mais famosas do país.

Ela tinha longos cabelos castanhos com algumas luzes, era alta, pele clara e olhos verdes.

Ao perceber a minha presença, ela finalizou a chamada.

— Oie Téo — falou forçando um sorriso.

— Como está a minha mãe? — perguntei, estava cansado de toda aquela formalidade.

— Um pouco melhor — respondeu.

— O que aconteceu? — perguntei, ainda estava muito confuso com isso.

— Fui até a sua casa e vi os vidros todos quebrados e seus pulsos cortados — explicou horrorizada ao lembrar aquela cena.

— Porque ela fez isso, tia? — perguntei querendo alguma resposta.

— Não sei — falou um pouco atordoado com tudo isso.

— Quero vê-la — falei firme.

— Ela está dormindo, olhe ela um pouco e vá para casa — falou autoritária.

— Não irei sair do lado da minha mãe — falei batendo os pés.

— Vai ter que ir, não pode ficar aqui qualquer notícia eu te aviso — falou me dando um beijo na testa fui ver a minha mãe.

Ela estava com soro no braço e alguns aparelhos seus cabelos estavam levemente bagunçados ela odeia isso.

Estava tão pálida parecia até uma bela adormecida.

— Porque a senhora fez isso mãe? O que anda acontecendo? — a questionei, tocando em suas mãos depositando um beijo me despedi da minha tia.

Peguei a minha moto e fui em direção a casa da Gaby, os seus seguranças estavam distraídos então entrei na e subindo na janela do seu quarto não era muito alta.

Sua janela estava um pouco aberta quando eu abri vi ela dando um pulo de susto.

— Calma — peço,vi que ela estava se acalmando aos poucos logo vi que ela acendeu a luz.

— O que aconteceu? — me perguntou confusa.

— Minha mãe tentou se matar — respondi.

Eu não queria desabar naquele momento, mas ser forte o tempo todo cansa, comecei a chorar desesperadamente, me sentia como um garotinho assustado.

— Sinto muito — falou, se levantando e indo até mim.

Ela gentilmente tocou a minha bochecha, fazendo um leve carinho, secando algumas das lágrimas me puxou para se sentar a sua cama e me abraçou reparei que ela estava com um pijama muito fofo combinou com sua personalidade.

— Está cansado, dorme um pouco amanhã as coisas vão ficar melhor e irá entender o motivo da sua mãe ter feito isso — falou, tentando me reconfortar suas palavras me acalmaram.

— Obrigado por me acalmar — agradeci, vendo ela sorrir como eu amo aquele sorriso.

— Estou aqui para isso, você é meu colega — falou.

— Não sou seu colega — falei.

Vi ela me olhar um pouco triste, pela minha resposta.

— Somos o que então? — me perguntou.

Vi seus olhos se enchendo de lágrimas não queria vê-la chorar por minha causa e sim sorrir já que amo o seu sorriso.

— Somos melhores amigos — falei tocando suas bochechas vendo abrir um enorme sorriso.

— Melhor eu ir se não ficar encrencada com os seus pais — falei indo em direção a janela.

— Nada disso deita aqui — falou, vindo em minha direção pegando a minha mão me fazendo me deitar.

Ficamos conversando coisas aleatórias a noite toda até que meus olhos foram ficando cada vez mais pesados. 

O Garoto Que Me Notou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora