Minha Princesa

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"Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu."

— Tartarugas Até Lá Embaixo — John Green.

Téo

Acordei com o barulho irritante do despertador, fazia tempo que não acordava tão cedo assim, até me acostumar com o horário vai ser difícil.

Me levantei abrindo a janela do meu quarto, para deixar a claridade e um pouco do ar entrar.

Escuto barulho dos pássaros cantando, coloquei o meu uniforme, enquanto estava terminando de arrumar meus cabelos.

Vi minha mãe trazendo o café da manhã numa enorme bandeja, tinha torrada com mel e vitamina de morango.

— Bom dia, mãe e obrigado — falei.

— Bom dia filho — falou, colocou em cima da mesa do computador e me deu um beijo na testa logo em seguida saiu do meu quarto.

Comecei a comer, escovei os dentes, peguei minha bolsa, meu celular e os meus cigarros, mas eu não sou tão perfeito como a maioria das garotas acha.

Tenho esse vício e já tentei largar, mas não consigo me despedir da minha mãe.

Meu pai estava viajando para o México para fechar uns negócios por lá. se não me engano estava com planos de construir uma filial por lá.

Fui em direção ao colégio, acendi o meu cigarro, fui caminhando bem devagar.

Fui disperso dos meus pensamentos ao ver um carro vindo em auto velocidade e uma certa garota distraída ia atravessar rapidamente, joguei meus cigarros fora e segurei ela, jogando o seu corpo para trás.

Eu queria ter falado algo bonito para ela, mas no calor do momento as palavras saíram ao contrário da minha boca.

Quando finalmente ela se virou nossos olhares se cruzaram, mas eu estava bravo por ela ser tão distraída.

— Obrigada — agradeceu com um sorriso tímido nos lábios.

— Devia olhar melhor por onde anda, da próxima vez eu posso não estar aqui pra te salvar — falei irritado.

— Vou prestar atenção na próxima vez — falou ríspida.

— Quase morreu — falei irritado.

Aquela ideia me assustava, ela ainda poderia ser a minha futura esposa.

— Não venha me dar, você não é o meu pai— pediu.

— Dou sim, você é uma garota incrível tem que tomar cuidado — falei gentilmente.

Eu queria tanto dizer que gosto dela, não tiro ela da cabeça desde a primeira vez que a vi naquele domingo.

— Nem me conhece para falar essas coisas, nem sei porque estamos conversando — falou envergonhada

— Iremos nos conhecer aos poucos — falei sorridente.

Já estava me acalmando do susto que levei, andamos mais um pouco e logo já estávamos na porta do colégio.

Alguns alunos olhavam em nossa direção e cochichavam, já estava acostumado com toda aquela atenção, sabia que meu primeiro dia seria daquela maneira.

— Não pega bem ficar perto de mim — falou, observando os outros alunos ao nosso redor.

— Porquê? — perguntei curioso.

Já sabia da resposta, mas torcia para não ouvir aquilo da boca dela.

— Parece que é bem popular por aqui, não quero que perca isso por minha causa — respondeu.

— O que tem isso? — perguntei.

Eu não me importava de tê-la ao meu lado, seria um homem de sorte, ela não respondeu foi indo em direção a Mirela.

Mirela é tão diferente dela, que nem sei como elas eram amigas.

Fui despertado dos meus pensamentos, quando ouço Ben me chamar e em seguida se aproximar de mim.

— Porque você chegou com a gordinha? Não sabia que seus gostos tinham piorado — disse debochando.

— Como assim? — perguntei, arqueando uma das minhas sobrancelhas

— Nunca te vi conversando com uma garota gorda, você sempre está rodeado de garotas tipo modelos — respondeu.

— Ela é uma amiga, não devo satisfação das minhas amizades para você, se quiser continuar sendo o meu amigo, não falei assim novamente dela — falei irritado.

— Calma cara, só estava brincando — falou.

O ignorei, ouvi o barulho do sinal, indicando que era hora de entrar na aula.

— Vou à direção ver a sala que irei estudar — falei, saindo de perto dele.

Espero que eu saia numa sala com pessoas legais e quem sabe a Gaby não esteja lá também.

O Garoto Que Me Notou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora