Perda

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"Aparentemente o mundo não é uma fábrica de realização de desejos."

— Filme A Culpa é das Estrelas.


Gaby

No dia seguinte....

Acordei e olhei pra hora já eram 8 em ponto, hoje ia ter aula só a tarde ia aproveitar essa manhã pra terminar de revisar o meu livro.

Me levantei e fui tomar café da manhã ainda de pijama e estava morrendo de fome.

Minha fome dobrou nestes últimos meses, ainda tinha que contar a notícia ao Téo e aos meus pais.

Meus pais estavam conversando então os cumprimentei dando um beijo na bochecha de cada um e pedindo a bênção e me sentei no meu lugar reparei que o meu pai havia acabado de chegar do plantão já que ainda estava com roupa de médico.

Me servi com pão com Nutella, leite, bolo e biscoitos.

— Vai com calma filha — meu pai me alertou.

— Pai acordei morrendo de fome — falei com a boca cheia.

— Mocinha tenha modos à mesa — minha mãe me repreendeu.

Do nada sinto uma forte dor no ventre comecei a chorar meu pai veio correndo me socorrer.

Me levaram até o sofá, me deitei lá vi minha mão com um pouco de sangue.

— Pai eu tô grávido por favor não me deixe perder o meu bebê — implorei chorando.

Meus pais começaram a me ajudar, mas sinto que não tinha nada a se fazer já que meu pai me olhava bem triste.

— Sinto muito filha foi um abordo instantâneo acontece com várias mulheres não foi sua culpa — Meu pai falou me abraçando.

— NÃO PODE SER — gritei, sentindo minha mãe me abraçar.

— Filha não tinha nada que eu pudesse fazer vamos eu e sua mãe vai te levar para o seu quarto descansar um pouco a tarde vamos até o hospital para fazer alguns exames — falou me olhando firme.

Me ajudaram a ir até o quarto depois meu pai me entregou um remédio e mandou tomar em 8 horas em 8 horas não poderia tomar antes se não ia passar mal.

Me lembro bem dessa matéria já que fazia pouco tempo que estávamos estudando sobre a gestação.

Tomei o remédio e me deitei precisava descansar, mas me sentia um lixo pelo que aconteceu há estava acostumada a ter uma vida crescendo dentro de mim já imaginava os meus pais todo babões brincando com ele ou ela e o Téo todo protetor assim como era comigo, acabei dormindo com esses pensamentos.

Horas depois...

Acordei escutando batidas na porta do meu quarto.

Não queria ver ninguém naquele momento, estava com tanta raiva do mundo.

Porque justo eu, meu Deus? Sou uma pessoa tão boa com todos estou sempre buscando ajudar.

Por isso que dizem que as piores coisas acontecem com as pessoas boas, as batidas insistiam então resolvi responder para não preocupá-la.

— Mãe vai embora, não quero comer nada, já disse que quero ficar sozinha — falei com um tom irritado.

— Não quer ver o seu namorado? — Téo perguntou com um tom brincalhão.

Mais cedo ou mais tarde tinha que encará-lo, respirei fundo, abrindo a porta, apenas mostrando a aponta da cabeça tenho certeza que estou com os olhos inchados de tanto chorar e o rosto vermelho, já que sou tão branca se fosse em outros tempos iam me derreter ao vê-lo parado na minha porta completamente tão 'sexy' de termo com aquele cabelo perfeitamente arrumado com uma bandeja nas mãos cheias de coisas gostosas ele já deve saber o que aconteceu por isso veio até aqui.

— O que aconteceu, meu amor? — perguntou confuso então pelo jeito ele não sabe ainda.

— Só quero que saia daqui e nunca mais volte — respondi irritada tentando fechar a porta, mas ele foi mais rápido colocando o pé.

— Vamos conversar e tudo vai dar certo — tentou me acalmar.

— Sabe na minha vida nada dar certo eu iludi achando que vivia num mundo de contos de fadas, mas logo percebi que o mundo real é uma droga e várias coisas dão errado nele — falei me segurando pra não chorar mais — Melhor terminamos — falei lhe empurrando fazendo toda a comida que estava na bandeja cair e tranquei a porta rapidamente.

Sei o que fiz foi errado uma hora ou outra ele saberá o que aconteceu e irá me culpar e terminar comigo do mesmo jeito.

Tinha que tomar um banho e tirar essa roupa suja encha a banheira.

Tomei o remédio já que ainda sente muita dor e fui em direção ao banheiro onde me despi e me deitei na banheira sinto o meu corpo relaxar e água entrando no meu nariz não conseguia me levantar meu corpo estava paralisado.

Minutos depois...

Acordei cuspindo uma água, vejo os lindos olhos castanhos do meu amado me encarando num tom bravo mais ao mesmo tempo, preocupado me vestiu sua blusa branca.

— Porque fez isso? O que está acontecendo? — perguntou eu não conseguia respondê-lo minha voz não saia — Responda me perdoe por não está cumprindo as minhas promessas andam distante e estou descuidado do nosso relacionamento me desculpe não faça isso mais por favor — pediu distribuindo vários beijos na minha bochecha — Por favor diga algo nem que seja pra brigar comigo — implorou tinha que dizer algo respirei fundo criando coragem.

— Téo perdi nosso filho — falei aos prantos pelo jeito que ele me encarou não sabia de nada ainda.

— Tudo bem meu amor tudo vai ficar bem — falou se segurando para não chorar junto tocou nas minhas bochechas — Teremos filhos mais pra frente não se preocupe e se não iremos adotar que nem a tia Aline não te largarei nunca, lembra eu e você contra o mundo? — perguntou vendo apenas eu concordar com a cabeça.

Me abraçava tão forte como se não quisesse me soltar, sei que juntos iremos superar essa dor como sempre fazemos um apoiando o outro.

Ele foi e sempre será a melhor escolha que pude ter feito na minha adolescência.

Me levantei um pouco tonta ainda logo me lembrei que foi o remédio que tomei ele me ajudou a me deitar logo apaguei.

O Garoto Que Me Notou (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora