05 | Dia de azar

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— Você tinha mesmo que me deixar sozinho com Changkyun? — Kihyun bradou ao telefone.

Pensei que ele fosse se lembrar da transa de vocês se eu deixasse os dois sozinhos — Minhyuk disse com um tom malicioso.

— Pensou errado.

Está assim por conta da ressaca ou por que ele não se lembra de você?

— Não enche, Minhyuk! — então o Yoo desligou o telefone sem aviso prévio.

Kihyun caminhava com passos pequenos e irritadiços, não tinha como seu dia piorar. E ele mal havia começado.
Ao chegar em seu apartamento, jogou o celular no sofá e saudou seu pequeno labrador, Nico, antes de se jogar na cama e encarar o teto branco.

Além de estar desempregado e solteiro, não tinha ideia do que fazer a partir de agora. Querendo ou não, Changkyun tinha mexido com Kihyun. Seria difícil olhar para Changkyun sem se lembrar das coisas sujas que fizeram.

— É muito injusto só eu me lembrar de ontem — Kihyun sussurrou ao se encolher e abraçar as próprias pernas. Nico latiu algumas vezes antes que a campainha soasse. Kihyun rolou os olhos, realmente só queria ficar jogado na cama, mas nem paz para isso tinha.

Levantou-se e andou até a porta, a abrindo e dando de cara com um Hoseok sorridente. Ao ver seu péssimo humor, Hoseok desmanchou o sorriso.

— Eu trouxe uma ótima notícia, mas depois de ser recebido assim por você, eu prefiro nem contar.

Hoseok entrou sem ser convidado e pôs as sacolas no balcão da cozinha.

— Desembucha — Kihyun cruzou os braços — fez compras pra mim de novo? — indagou ao ver Hoseok guardar vegetais na geladeira.

— Você anda tão ocupado atrás de um trabalho que nem lembra de comer ou dormir — Hoseok disse ao pôr duas caixas de cereais no armário — e, como um bom meio-irmão, estou aqui cuidando de você.

— Não precisa se chamar de meio-irmão toda vez que se refere ao nosso parentesco — Kihyun suspirou — e então, o que quer dizer?

— Ah, eu achei uma vaga de emprego pra você.

— O que? — exclamou o mais baixo.

— Você ama tanto aquela câmera que achei que gostaria de trabalhar com algo relacionado à fotografia.

— Eu gostava de fotografar Seungho, mas... — Kihyun sentiu suas palavras falharem. Hoseok suspirou e aproximou-se do irmão.

— Apareça aqui — o mais alto entregou-o um cartão branco, com letras elegantes escritas o nome da empresa — hoje à tarde. É uma agência em ascensão, apesar de eu não conhecer o novo presidente. Você tem talento e altas chances de ser aceito.

— Você acha que vou conseguir?

— Não tenho dúvidas, Kihyun — Hoseok sorriu.

Apesar do sorriso morno do irmão, Kihyun tinha um mau pressentimento sobre aquilo.

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lá vem a merda q

THIS IS WHY WE CAN'T HAVE NICE THINGS 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora