Quando acordou, Kihyun tratou de abraçar Changkyun mais forte antes de abrir os olhos, só para ter certeza de que noite passada realmente aconteceu.
Diante disso, Changkyun sorriu e passou seus dedos pelos fios de Kihyun.— Bom dia — Changkyun disse baixinho. Kihyun ronronou como um gatinho devido ao carinho e apenas sorriu — eu vou tomar banho, vai continuar deitado?
— Fica mais um pouco — Kihyun passou a perna direita por cima da cintura de Changkyun, que apertou sua coxa e mordeu o ombro do menor — Changgie, só mais um pouquinho — sussurrou.
— Você fica manhoso assim mesmo de manhã?
— Algum problema? — o Yoo inflou as bochechas.
— Nenhum — riu — é só algo que eu vou adorar ver daqui pra frente.
Aquilo pegou Kihyun de supetão. Ele até afrouxou o aperto que envolvia Changkyun para olhá-lo com o coração acelerado. Changkyun beijou a testa de Kihyun e se levantou para ir até o banheiro.
Kihyun se sentou na cama e encarou a porta. O que ele estava fazendo? O que ele estava dizendo para Changkyun?
O Lim terminou de tomar banho e fazer suas higienes vinte minutos depois. Saiu do banheiro com a toalha na cintura, deixando Kihyun vermelho como um pimentão. Changkyun abriu a porta do guarda-roupa para decidir qual roupa vestiria e qual emprestaria para Kihyun, caso ele quisesse.
Nesse momento, o telefone de Changkyun apitou, indicando que uma mensagem havia chegado. Kihyun inclinou-se até o criado-mudo para pegar o aparelho e, por obra do destino, seus olhos pararam no visor, lendo "Hani saeng". O que intrigou Kihyun não foi o nome, e sim o conteúdo da mensagem. Nela, estava escrito "Changgie, eu estou muito irritada. Aonde você passou a noite?".— Changgie? — Kihyun murmurou para si, e aquilo fez Changkyun o olhar e se aproximar para pegar o celular na mão do Yoo.
"Mas eu que chamo ele assim, apenas eu", Kihyun pensou, olhando Changkyun de costas.
— Ah, Hani — Changkyun tinha ligado para ela.
Por que o coração de Kihyun doía e ele sentia raiva?
— Precisa de alguma coisa? — Changkyun questionou — sobre isso, eu passo na sua casa à noite. Podemos até tomar vinho juntos.
Kihyun estava claramente incomodado. Enquanto Changkyun fazia gracinhas e ria ao telefone, Kihyun entrou no banheiro, tomou banho, enxaguou a boca com o enxaguante bucal do Lim e saiu para vestir as roupas da noite anterior.
Yoo Kihyun queria matar Hani e jogar em um terreno baldio.
Assim que deixou o quarto, Changkyun já havia desligado o telefone e se olhava no espelho. Ao ver Kihyun sair, correu atrás dele e o segurou pelo pulso.
— Aonde vai? — Changkyun indagou.
— Casa.
— Eu te deixo lá.
— Não.
Kihyun sempre foi péssimo para esconder o que sentia, Seungho reclamava quase todos os dias o quão transparente Kihyun conseguia ser.
— Kihyun — Changkyun fez o menor olhá-lo, porém Kihyun desviou o olhar — olhe pra mim.
— Não.
— Está assim por conta da Hani?
— O que? Claro que não.
— Kihyun — Changkyun o chamou em tom de aviso, o puxando pela cintura para perto de seu corpo — está com ciúmes?
— Não.
— Foi assim que me senti quando vi você chorar por Seungho. Eu quis quebrar a cara dele — o Lim confessou.
Kihyun enterrou o rosto no peitoral de Changkyun e apertou o tecido da blusa dele entre seus dedos.
— Eu não sei porque me sinto assim — Kihyun murmurou, o rosto ainda contra o corpo de Changkyun, que apenas sorriu — eu não devia me sentir assim — nesse instante, o sorriso de Changkyun desmanchou.
— Você quer voltar com Seungho?
Kihyun ergueu o rosto para olhar a expressão de descontentamento de Changkyun.
— O que? Não. Eu nunca voltaria com ele.
— Acho que você está confuso, Kihyun — Changkyun se afastou — e a parte da culpa é minha por apressar as coisas desse jeito. Vamos dar um tempo, talvez seja tudo pelo calor do momento.
Kihyun mordeu o lábio inferior. Sabia que estavam indo rápido demais, mas, com o Chae disse, Kihyun precisava de alguém para juntar os pedaços quebrados de seu coração. E, de fato, Changkyun estava conseguindo.
Só que como o Yoo estava em uma mistura de sentimentos e não sabia administrá-la, tudo o que fez foi dar um tapa na cara de Changkyun. Kihyun encolheu os ombros e tampou a boca com as mãos ao ver o que havia feito.
— Ch-Chang, eu... — pensando que Changkyun ou devolveria o tapa, ou o mandaria embora, Kihyun já se apressou para alcançar a maçaneta da porta. Porém, o Lim não tomou nenhuma das atitudes que Kihyun pensou.
Changkyun fez como no primeiro dia que se conheceram: com a canhota, impediu que a porta fosse aberta pondo todo o seu peso contra ela.
— Não fale coisas assim de novo — Kihyun sussurrou, ainda de costas para Changkyun — eu não quero dar um tempo. Se possível, eu gostaria de passar todo o meu tempo ao seu lado.
Quando Kihyun se virou para Changkyun, recebeu uma surpresa: Changkyun tinha um sorriso tão sincero nos lábios que até mesmo seus olhos brilhavam.
— Eu te perdoo pelo tapa, mas só se prometer passar todo esse tempo comigo — toda a pureza que o olhar de Changkyun transmitia atingiu o coração de Kihyun, que desmanchou-se de uma vez por todas e abraçou o Lim.
— Prometo.
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THIS IS WHY WE CAN'T HAVE NICE THINGS 「 Changki 」
Fiksi PenggemarChangkyun e Kihyun se conhecem na noite do casamento de seus melhores amigos, Jooheon e Minhyuk, respectivamente. Porém, graças à muitas bebidas, Kihyun e Changkyun acabam transando em um dos quartos da mansão dos recém-casados, e, assim que acordam...