16 | Promessa

1.5K 271 101
                                    

Quando acordou, Kihyun tratou de abraçar Changkyun mais forte antes de abrir os olhos, só para ter certeza de que noite passada realmente aconteceu.
Diante disso, Changkyun sorriu e passou seus dedos pelos fios de Kihyun.

— Bom dia — Changkyun disse baixinho. Kihyun ronronou como um gatinho devido ao carinho e apenas sorriu — eu vou tomar banho, vai continuar deitado?

— Fica mais um pouco — Kihyun passou a perna direita por cima da cintura de Changkyun, que apertou sua coxa e mordeu o ombro do menor — Changgie, só mais um pouquinho — sussurrou.

— Você fica manhoso assim mesmo de manhã?

— Algum problema? — o Yoo inflou as bochechas.

— Nenhum — riu — é só algo que eu vou adorar ver daqui pra frente.

Aquilo pegou Kihyun de supetão. Ele até afrouxou o aperto que envolvia Changkyun para olhá-lo com o coração acelerado. Changkyun beijou a testa de Kihyun e se levantou para ir até o banheiro.

Kihyun se sentou na cama e encarou a porta. O que ele estava fazendo? O que ele estava dizendo para Changkyun?

O Lim terminou de tomar banho e fazer suas higienes vinte minutos depois. Saiu do banheiro com a toalha na cintura, deixando Kihyun vermelho como um pimentão. Changkyun abriu a porta do guarda-roupa para decidir qual roupa vestiria e qual emprestaria para Kihyun, caso ele quisesse.
Nesse momento, o telefone de Changkyun apitou, indicando que uma mensagem havia chegado. Kihyun inclinou-se até o criado-mudo para pegar o aparelho e, por obra do destino, seus olhos pararam no visor, lendo "Hani saeng". O que intrigou Kihyun não foi o nome, e sim o conteúdo da mensagem. Nela, estava escrito "Changgie, eu estou muito irritada. Aonde você passou a noite?".

Changgie? — Kihyun murmurou para si, e aquilo fez Changkyun o olhar e se aproximar para pegar o celular na mão do Yoo.

"Mas eu que chamo ele assim, apenas eu", Kihyun pensou, olhando Changkyun de costas.

— Ah, Hani — Changkyun tinha ligado para ela.

Por que o coração de Kihyun doía e ele sentia raiva?

— Precisa de alguma coisa? — Changkyun questionou — sobre isso, eu passo na sua casa à noite. Podemos até tomar vinho juntos.

Kihyun estava claramente incomodado. Enquanto Changkyun fazia gracinhas e ria ao telefone, Kihyun entrou no banheiro, tomou banho, enxaguou a boca com o enxaguante bucal do Lim e saiu para vestir as roupas da noite anterior.

Yoo Kihyun queria matar Hani e jogar em um terreno baldio.

Assim que deixou o quarto, Changkyun já havia desligado o telefone e se olhava no espelho. Ao ver Kihyun sair, correu atrás dele e o segurou pelo pulso.

— Aonde vai? — Changkyun indagou.

— Casa.

— Eu te deixo lá.

— Não.

Kihyun sempre foi péssimo para esconder o que sentia, Seungho reclamava quase todos os dias o quão transparente Kihyun conseguia ser.

— Kihyun — Changkyun fez o menor olhá-lo, porém Kihyun desviou o olhar — olhe pra mim.

— Não.

— Está assim por conta da Hani?

— O que? Claro que não.

— Kihyun — Changkyun o chamou em tom de aviso, o puxando pela cintura para perto de seu corpo — está com ciúmes?

— Não.

— Foi assim que me senti quando vi você chorar por Seungho. Eu quis quebrar a cara dele — o Lim confessou.

Kihyun enterrou o rosto no peitoral de Changkyun e apertou o tecido da blusa dele entre seus dedos.

— Eu não sei porque me sinto assim — Kihyun murmurou, o rosto ainda contra o corpo de Changkyun, que apenas sorriu — eu não devia me sentir assim — nesse instante, o sorriso de Changkyun desmanchou.

— Você quer voltar com Seungho?

Kihyun ergueu o rosto para olhar a expressão de descontentamento de Changkyun.

— O que? Não. Eu nunca voltaria com ele.

— Acho que você está confuso, Kihyun — Changkyun se afastou — e a parte da culpa é minha por apressar as coisas desse jeito. Vamos dar um tempo, talvez seja tudo pelo calor do momento.

Kihyun mordeu o lábio inferior. Sabia que estavam indo rápido demais, mas, com o Chae disse, Kihyun precisava de alguém para juntar os pedaços quebrados de seu coração. E, de fato, Changkyun estava conseguindo.

Só que como o Yoo estava em uma mistura de sentimentos e não sabia administrá-la, tudo o que fez foi dar um tapa na cara de Changkyun. Kihyun encolheu os ombros e tampou a boca com as mãos ao ver o que havia feito.

— Ch-Chang, eu... — pensando que Changkyun ou devolveria o tapa, ou o mandaria embora, Kihyun já se apressou para alcançar a maçaneta da porta. Porém, o Lim não tomou nenhuma das atitudes que Kihyun pensou.

Changkyun fez como no primeiro dia que se conheceram: com a canhota, impediu que a porta fosse aberta pondo todo o seu peso contra ela.

— Não fale coisas assim de novo — Kihyun sussurrou, ainda de costas para Changkyun — eu não quero dar um tempo. Se possível, eu gostaria de passar todo o meu tempo ao seu lado.

Quando Kihyun se virou para Changkyun, recebeu uma surpresa: Changkyun tinha um sorriso tão sincero nos lábios que até mesmo seus olhos brilhavam.

— Eu te perdoo pelo tapa, mas só se prometer passar todo esse tempo comigo — toda a pureza que o olhar de Changkyun transmitia atingiu o coração de Kihyun, que desmanchou-se de uma vez por todas e abraçou o Lim.

— Prometo.

THIS IS WHY WE CAN'T HAVE NICE THINGS 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora