17 | Saudades

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Promessas ou foram feitas para serem quebradas ou para serem cumpridas.

No caso de Changkyun e Kihyun, para serem quebradas.

Desde a manhã da tal promessa, o último contato que Changkyun e Kihyun tiveram foi quando o Lim deixou o menor em seu apartamento e sumiu por duas semanas inteiras. Kihyun, logicamente, entrou em pane. Não recebia uma mensagem ou ligação de Changkyun, e tinha medo de enviar algo para o Lim, pensando que o atrapalharia.

— Vai ficar enfurnado nesse apartamento até quando? — Hoseok indagou quando o irmão abriu a porta para ele. Minhyuk estava logo atrás, com sangue saindo pelos olhos em ódio.

— Não enche — Kihyun cedeu passagem para ambos e fechou a porta.

— Estou preocupado com você — Hoseok disse ao se sentar no sofá. Kihyun continuou em pé, de braços cruzados, enquanto Minhyuk tomou a liberdade para beber um copo com água na cozinha — você nem responde minhas mensagens, Kihyun. O que houve?

Kihyun rolou os olhos.

— Nada com o que você precise se preocupar.

— Foi Changkyun, não foi? — Minhyuk se pronunciou ao voltar da cozinha.

— O que? — Kihyun indagou de forma tão aguda devido ao susto que Hoseok e Minhyuk já sabiam o que tinham acontecido.

— O que aconteceu entre vocês? — o irmão questionou.

Kihyun travou. Eles não tinham nada de verdade, só uma promessa que acabou sendo quebrada.

— Não sei o que temos — o Yoo confessou — nós saímos uns dias, mas ele sumiu depois que fizemos uma promessa.

— Você consegue ser brega quando quer, Kihyun — o Lee disse — ligue pra ele, faça algo, se mova! Ele não vai voltar sozinho.

— Eu não quero outra rejeição, Min.

— Isso não é uma opção, Kihyun. Vocês têm que se resolver isso de uma vez por todas — Hoseok disse.

— Jooheon é melhor amigo dessa peste, mas também não o vê há um tempo — Minhyuk falou — vou ligar pra ele e ver se ele tem algum palpite.

— Estão decidindo as coisas por mim? — Kihyun inflou as bochechas ao bater o pé no chão, irritadiço.

— Se você não toma a atitude, nós tomamos — Hoseok deu tapinhas carinhosos na cabeça do irmão.

Minhyuk fez como havia dito, ligou para o marido e questionou sobre Changkyun. Jooheon, por sua vez, disse que tinha jantado com o melhor amigo há cinco dias, mas fora a última vez, já que Changkyun parecia bem ocupado.

— Viu, desnecessário — Kihyun suspirou — ele não quer ser encontrado pelo visto.

— Changkyun é sempre tão irritante — Minhyuk sussurrou. Porém, segundos após pensar em uma possibilidade, foi como se uma lâmpada se acendesse sobre sua cabeça — a editora. Ele provavelmente está trabalhando em um livro. Jooheon disse que ele parecia ocupado, espero que seja com isso.

— Talvez não tenha sido tão desnecessário assim — Kihyun sussurrou à contragosto.

— Vou dar um toque nele quando passar na editora hoje — o melhor amigo disse. Ao ver a determinação estampada no rosto de Minhyuk, Kihyun sabia que não tinha como voltar atrás.

[...]

Quando a noite caía, Kihyun decidiu abrir um vinho enquanto assistia algum filme clichê na TV. Ele ainda tinha Changkyun em sua mente, a saudade dos toques dele o fazia contentar-se só com sua imaginação. A voz rouca do Lim contra seu ouvido, os dentes dele raspando por seu pescoço e intimidade, a forma como ele segurava Kihyun e apertava seu quadril... todas aquelas lembranças fizeram Kihyun desistir de beber vinho para tocar-se.

Seu corpo estava quente, ele precisava fazer aquilo já que não era tocado há bons dias. Sentou-se no sofá, enfiou a mão por dentro da calça de moletom e jogou a cabeça para trás ao imaginar que quem batia aquela punheta era Changkyun.
Mordeu o inferior e acariciou sua glande inchada, imaginando que a língua de Changkyun era quem o torturava. Em seguida, massageou as próprias bolas com a mão livre e a cabeça de seu pênis. Os gemidos saíam cada vez mais agudos, e Kihyun apressou-se com os movimentos para gozar logo.

— A-Ah, Changgie... — quando Kihyun sentiu que ia gozar, arqueou as costas, xingando-se mentalmente por gemer o nome de Changkyun.

O líquido branco sujou a mão de Kihyun, que tinha sua respiração descompassada e as bochechas róseas.
Kihyun se levantou para lavar a mão e sentiu vontade de chorar.

— Que droga, Changkyun — sussurrou ao secar as mãos.

O celular de Kihyun vibrou, e ele já esperava que fosse Minhyuk ou Hoseok. Porém, a mensagem era de Changkyun, e, ao lê-la, o corpo do Yoo estremeceu por inteiro.
Na mensagem, Changkyun escreveu:

Cheguei na hora certa pelo visto. Estava com tanta saudade de ouvir você gemer meu nome.

THIS IS WHY WE CAN'T HAVE NICE THINGS 「 Changki 」Onde histórias criam vida. Descubra agora