Capítulo 3 - Check-in

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Depois da inauguração, logo na semana seguinte recebemos os hóspedes que tinham feito a reserva com antecedência. A maioria dos clientes já conheciam todos os hotéis Frateschi, então já sabiam o que esperar.

Estava na sala da gerência com Cláudio resolvendo alguns por menores do fornecimento de itens de decoração de madeira para uma área específica para leitura,  quando a recepcionista chegou toda nervosa.

— Senhor Frateschi — disse atordoada.

— Diga Priscyla! — respondi intrigado.

— Senhor os americanos que reservaram as suítes principais chegaram!

— E qual é o problema? — questionei sem entender o porquê de tanto estardalhaço.

— Senhor eu não sei falar inglês, e o Alex saiu. — disse envergonhada. — Como vou fazer o Check-in?

Not worry - I go do.®

(Não se preocupe eu irei fazer)

Priscyla deu um sorriso amarelo de alívio, por isso falei ao meu gerente e amigo.

— Cláudio precisamos providenciar que o projeto  de idiomas comece na outra semana. Já liguei para umas amigas que são professoras no Rio e virão logo. Porque não quero me preocupar com isso toda vez que o Alex não está de plantão.

— Sr. Frateschi, já providenciei o local, e a prefeitura vai fazer a seleção dos alunos, para começarmos em duas semanas.

— Que bom! mas não precisa chamar-me de Sr. detesto títulos e você está comigo desde o início da rede Frateschi. Pelo amor de Deus!

— Está bem Henrique, é o hábito cara. – ambos sorriram.

— Melhor assim. — disse satisfeito. — agora vamos atender esses americanos irritados. devem ser aposentados curtindo o nosso paraíso.

—Também acho Henrique — disse Claudio. — pois pagaram dois meses adiantados.

— Sério? — Claudio aquiesceu.

— Sim, e foi as quatro suítes super luxo.

— Ótimo,  vamos lá.

Saímos da gerência pelo corredor que dá acesso a recepção, quando chegamos lá, avisto cinco pessoas no balcão. Vou logo dando boas vindas e me apresentando.disse

Welcome at the Frateschi hotel. — disse animado — I am Henrique Frateschi and this is my manager Claudio, her name of receptionist is Priscyla.

(Bem vindos ao hotel Frateschi. – eu me chamo Henrique e este é o meu gerente Cláudio  e o nome da recepcionista Priscyla.)

— I am sorry for the transtornn! are the everyone well?

(me desculpe pelo transtorno. – está tudo bem?)

Sorri  para eles, eram jovens, não idosos como deduzi, a loira mais velha, falou por todos.

Yeah!  — very well Mrs Frateschi.

(Sim, muito bem Sr. Frateschi)

so good.

(Bom)

Are here the confirmation the reserve and the we go pay at card.

(Aqui está a confirmação da reserva. Nós vamos pagar com cartão.)  

Are everything okay? — respondi que sim e ela apresentou todos eles.

(Está tudo certo!)

Okay! — I am Alice, she is Sharon — apontou para a outra  loira igualmente alta.

(Ok! Eu sou Alice e ela é Sharon.)

It’s nice to meet everyone — falei para ela. Então continuou as apresentações.

(É um prazer conhecer todos!)

Are they Taylor, Steve, Robert and Krysna Thompson. — Ela acenou para uma morena que estava no hall ao celular. Foi então que ela percebeu que estávamos falando dela e veio até nós.

(Eles são Taylor, Steve, Robert e Krysna Thompson)

Hi miss! (oi senhorita!) — fiquei gaguejando! O que estava acontecendo comigo? Nenhuma mulher me afeta assim! Ainda mais de cara. Ela sorriu e disse:

Hello! The city and your hotel is very good and handsome.

(Olá! A cidade e o seu hotel é muito bom e elegante.)

Thank you very much Miss.

(Muito Obrigada senhorita)

Nossa que sorriso lindo ela tem, e os olhos parecem duas jabuticabas maduras,cabelos cacheados, corpo escultural, meu perfil de garota, ela é simplesmente perfeita, até parece brasileira.

Diferente das típicas americanas ela parece com as morenas brasileiras. E o meu choque inicial foi que ela me fez relembrar meu passado com alguém que não ouso se quer pensar, pra não ficar triste. Mais agora com esta hóspede será impossível!

Depois desse devaneio, ela foi conversar com os garotos que eu deduzi que um deles é seu namorado.

Expliquei o horário do breakfast® dei-lhes o menu do restaurante, enquanto liberavam as suítes, já que o, check out era ao meio dia e ainda era 11:00hrs. Levei-os até o restaurante que já estava liberado para o almoço,  chamei uma garçonete para atendê -los e me dirigi a saída.

— Preciso me manter longe dessa garota! — falei comigo mesmo.

Quando cheguei a porta, ela me chamou.

— Sr.  Frateschi — excuse me! (Com licença)

— Can I am help you? (Como posso ajudar você?)

— Seu inglês é ótimo! — ela disse sorrindo.

Também sorri.

— Obrigado! A senhorita fala português?  — agi como um idiota! Argh!

— Sim — ela respondeu sorrindo — desde pequena tive que aprender muitos idiomas, pos meus pais são embaixadores e vivíamos mudando de país. Só não vimos ao Brasil, por isso vim com meus amigos.

— Não viajam mais? — fiquei curioso.

— Não, estão aposentados, agora vivem para os netos, filhos do meu irmão.

— Que legal! — respondo não querendo prolongar a conversa. — bom preciso ir resolver alguns problemas, o que precisar é só ir até o Cláudio que ele irá resolver.

Não esperei por sua resposta, sai em disparada para meu jipe, liguei e meti o pé no acelerador, rumo ao centro, tenho que ocupar minha cabeça e não quero pensar na semelhança que essa garota tem com minha amada Sophie. Meu coração estava igual ao motor do carro de tão acelerado.

Fazia tanto tempo que eu não o sentia em alerta. Parecia morto, sem vida, com um buraco enorme bem no meio. Mas de repente ele volta a dar sinais de vida.

Preciso evitá-la de todo jeito.

Um Deserto Com Oásis de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora