Capítulo 8 - Doca's Bar

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Abro a porta e me deparo com Cláudio, está estranho, olhando-me como se eu estivesse com três olhos.

— Henrique os hóspedes estão te esperando no Bar Flutuante. — diz segurando-se para não alterar a voz.

— Eu sei o horário cara, mas acabei dormindo, estava muito cansado. — respondo justificando-me. — Vamos dê um sorriso, relaxe. Se eles querem que eu vá, que me esperem.

— Eles já beberam uma garrafa de Old Park, uma de vodka, e incontáveis caipirinhas. — diz agoniado. — fico preocupado de você sair com essas criaturas inconsequentes.

— Se preocupe não amigo. — respondo calmo para ele respirar. — você sabe que não bebo nada alcoólico há mais de oito anos, se eles forem sucumbindo, vou jogando no carro.

— Fico mais tranquilo! — murmura demonstrando alívio.

Enquanto conversávamos, troquei de roupa, calcei um sapatênis descolado, fiz minha higiene pessoal e vesti uma camisa branca aberta na frente, bermuda cáqui, deixei meu cabelo pra cima, gostei ficou um look arrasador.

— O que achou? Está estiloso o suficiente para você? — pergunto a Cláudio, que me olha aplaudindo.

— Nossa cara, se eu não tivesse namorada, viraria gay e namoraria com você. — diz debochando de mim.

— Você é tão gay! — falo dando uma gargalhada pra Cláudio que sorrir também.

— Vamos logo, senão eles vão acabar com as bebidas do bar. — fala enquanto saímos da suíte.

Chegamos ao bar e eles estavam animados na maior algazarra. Krysna estava sentada, bebendo água pelo que percebi. Ela vestida com short apertado com uma blusa branca de renda, está mais linda do que uma boneca.   Ao notar-me seus olhos perfuraram os meus, senti uma onda elétrica percorrer meu sistema nervoso. Ficamos naquele transe até alguém gritar e me tirar desse estado letárgico.

— Ora, ora se não é o Sr. Frateschi nos dando a felicidade de sua presença. — fala Alice sorrindo. Acho-a mais sensata de todos.

— Me desculpe, estava tão cansado que acabei dormindo. — digo sem arrependimento algum. — se não fosse Cláudio, ainda estaria sonhando.

— Nossa! Você está mais bonito do que o normal. — fala Sharon já alegrinha. Pensei que era a mais tímida. Deve ser a cachaça que a deixou desinibida.

— Galera vamos logo, estamos atrasados e quero dançar muito. — Krysna diz e me olha, como se eu fosse dançar com ela, vai ficar querendo.

— Gente! Hoje eu quero beber todas. — Richard diz tão eufórico, acho que já bebeu várias caipiroscas.

Segui para o estacionamento e eles vieram atrás, já estava com as chaves da Hilux, abri as portas, esta noite prometia para esses bêbados. Krysna sentou no banco do passageiro, ela e eu éramos os únicos sóbrios dentro do carro. Fiquei um pouco surpreso por ela não dizer nada, nem fez aqueles típicos comentários de patricinha, que me fazem sentir-me o próprio servo de um senhor feudal, que adora andar de cabriolé.

Demorou apenas quinze minutos até o clube, quando chegamos na porta, eles pediram-me que pagasse a entrada, pois haviam trazido apenas dólares. Enquanto fazia o pagamento só ouvia as exclamações de admiração.

— Cara que lugar show! — admirou-se Steve.

— Gostei dos sofás com almofadas, vou já me jogar em uma delas. — Krysna bocejou esticando os braços para cima.

Um Deserto Com Oásis de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora