Capítulo 18 - Passeio perigoso.

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Ao entrar na recepção e ter encarado o olhar assustado de Priscila e ouvir uma voz me chamando com urgência a única coisa em que pensei foi que havia acontecido uma tragédia. Apressei o passo em direção a Alex que estava com uma expressão semelhante à de Priscila e isso me deixou apreensivo.

― Mais o que aconteceu? Cadê o Claudio? ― disse ao cobrir a distância que estava de Alex. Não me contive em esperar mais um minuto sequer, pois a minha ansiedade crescia a cada segundo.

― Senhor Frateschi no momento está tudo sob controle. ― ele respondeu com uma voz controlada adquirida por muitos anos de serviço. Mais sua expressão e seus olhos ainda demonstravam confusão. ― Mais hoje tivemos um dia tumultuado devido ao passeio dos hóspedes das suítes...

― Sim ― disse cortando sua explicação calma que estava me dando nos nervos. Acho que por estar tão envolvido com eles fiquei um pouco exaltado que para mim é algo fora do comum. ― já estou a par da situação, mas o que aconteceu a mais? Por que o carro do bombeiro estava saindo daqui? Por que Cláudio não me ligou?

― Senhor, Cláudio não quis lhe incomodar, já que ele conseguiu organizar uma equipe para fazer o resgate dos hóspedes de maneira que eles tivessem um atendimento adequado. ― quando ele começou a falar em resgate eu comecei a andar o mais rápido possível até a gerência. Como Claudio não me ligou para informar essa quase tragédia?

Isso é uma coisa que poderia arruinar as férias deles. E o bem estar dos meus hóspedes vem em primeiro lugar, independente do que eu esteja fazendo, isso seria um assunto primordial e Claudio sabe disso. Mesmo que fosse a agência que deveria se responsabilizar pela segurança deles. Não diminuiria nada a parcela de  responsabilidade do hotel Frateschi em mantê-los seguros.

Minha cabeça fervia de dor, não sei se foi pelo desentendimento de Krysna com Laura e adicionando a preocupação com os garotos só sei que tudo contribuiu para uma dor dos infernos que estava perto de me esmagar. Mais não vai conseguir, lembrei que na sala de Claudio ele tem estoques de remédios para aliviar dores, já que ele vive sob pressão. Entrei na sala de supetão e Claudio estava com uma compressa de gelo na cabeça, parecia mais velho apesar de ser só alguns anos mais velho que eu. Fiquei até com pena do meu companheiro de trabalho, pois ele sempre quer me proteger e acaba se sobrecarregando. Isso me irrita e ao mesmo tempo me faz admirá-lo ainda mais por ele ser um ser humano bondoso. 

Ao virar a cadeira pelo barulho que fiz. Ele me dá um sorriso cansado de alguém que fez uma maratona épica para conseguir uma vitória.

― Você está bem? ― ao vê-lo nesse estado esqueci-me do sermão que ia lhe dar, pois a minha preocupação com ele foi mais forte. ― Parece um velho caquético chorando por causa da hemorroida. 

Ele tirou a bolsa de gelo da cabeça e deu um sorriso amarelo. Geralmente é ele quem me faz sorrir no momento desastroso e agora sou eu que estou tentando reanimá-lo.

― Você também não parece tão jovial. ― ele retrucou com uma voz cansada. ― parecia bem mais jovem e animado pela manhã. 

― Meu dia também não foi nada fácil ― disse com a intenção de amenizar o clima tenso. ―,aliás, me passa esse vidro de paracetamol minha cabeça está me matando.

Ele me deu o remédio e eu coloquei algumas gotas em um copo e o ingerir de um único gole. Sentei-me de frente para ele esperando eu minha dor de cabeça passasse rápido. 

― Posso começar o meu monólogo? Ou você quer esperar sua dor de cabeça passar? ― ele disse ao me ver pressionar a cabeça para acelerar o efeito do medicamento. 

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⏰ Última atualização: Sep 21, 2019 ⏰

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