Capítulo 17 - Cartas na Mesa.

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Krysna me questionava com o olhar e isso estava me deixando embaraçado. Depois de tanto tempo sem me envolver com ninguém eu acho que não estava me comportando como um cara comum que beija a garota que estar afim e depois continua a conversa como se nada tivesse mudado entre eles. Estou refletindo igual a um idiota olhando para ela com a cara de bobão apaixonado que não sabe como iniciar um diálogo.

― Pelo amor de deus Henrique, qual é o seu problema? ― ela disse com impaciência jogando as mãos para cima. ― Se você vai agir da mesma forma que fez na festa é melhor irmos embora, já estou de saco cheio.

Ela se levantou afastando a cadeira com uma força desnecessária amanha era sua indignação e quando virou em direção à saída, meu subconsciente teve um impulso, levantei o mais rápido que consegui e peguei em seu braço virando-a em minha direção que ela bateu levemente seu corpo no meu. Ela ficou espantada com o meu gesto e disse:

― Não precisa me dizer nada e nem me dar nenhuma descul... ― Não deixei continuar com as suas suposições e a beijei novamente.

Depois de passar alguns minutos saboreando seu gosto, eu não queria parar, mais era necessário, pois eu queria dizer a ela que eu queria tentar qualquer coisa que ela estivesse disposta a me oferecer. Eu me afastei com relutância e olhei diretamente em seus lindos olhos negros com pedrinhas de ouro.

― Krysna eu não consigo mais ficar longe de você. ― ela me olhava com tanta intensidade que eu queria beijá-la novamente. ― Eu aceito o tempo que você estiver disposta a ficar comigo.

― Isso não estava em meus planos de férias, mais eu gostei de você assim que o vi, não foi por sua beleza, nem por essa pessoa fria que demonstra ser. Que parece estar distante e inalcançável o tempo todo para todos, mais sim pelo cara maravilhoso que eu sei que você é e que eu quero conhecer. ― suas palavras me atingiram em cheio eu sabia que as pessoas tinham essa opinião sobre mim, mais ouvir de seus lábios foi um pouco constrangedor, saber que me transformei em um ser que não demonstra sentimentos.

― Olá pombinhos! ― Sharon apareceu de repente em meu campo de visão. Nem havíamos percebido que ela e Laura estavam vindo em nossa direção. Estava tão absorto em minha bolha que cabia apenas Krysna.

― Ah! Oi Sharon, nem notei vocês vindo. ― ela disse corando. Sua pele ficava com uma cor ainda mais bonita quando ficava constrangida ou envergonhada.

― Eu notei ― disse ela piscando para mim. ― Laura me levou até a área do deque para apreciar a vista do rio. 

Após esse comentário eu enrijeci e Krysna arregalou os olhos para ela. Sharon interpretou no mesmo instante nossa reação e disse:

― Relaxem ok. ― ela sorriu e amarrou os cabelos loiros em um coque frouxo. ― Eu só estava curiosa em contemplar o rio novamente. Mais de uma nova perspectiva.

Neste momento Laura se intrometeu na conversa, querendo saber o que nós estávamos falando.

 ― Por que ela não pode se aproximar do rio? ― seus olhos brilhavam de curiosidade. ― Ela mal tocou na água. Eu só a levei porque ela insistiu muito para que eu mostrasse o deque para ela, tentei argumentar que a levaria depois de almoçarmos mais ela foi irredutível.  Achei muito estranho, porque foi de repente. Também não demoramos a voltar.

Quando Laura acabou de falar notei que Sharon estava piscando em cumplicidade para Krysna. Nesse instante entendi essa piscadela. Ela convidou Laura para ir ao deque porque estávamos nos beijando. 

― Não é nada demais ― Krysna respondeu com um sorriso genuíno me dando um sorriso de tirar o fôlego. ― só preocupação por ela não saber nadar.

Um Deserto Com Oásis de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora