Capítulo 7 - Frateschi's Hotel

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Quando dou a última braçada chegando no  outro lado da lagoa, dou de cara com ela. Krysna simplesmente me pede para eu levá-la de volta nos ombros, segundo ela diz-me que não sabe nadar.

Como é? Ela só pode estar brincando comigo! Nossa como ela é folgada!”

— Você está pensando que sou o seu lacaio? — indago sem acreditar no que acabou de dizer.

— Não estou pensando nada! — diz com o semblante surpreso. — eu realmente não sei nadar. Vim andando até aqui e notei que estava longe, então vi você e quero me leve até o outro lado.

— Virei carro agora? — revido irritado. — ou burro de carga?

— Nossa! Não sabia que pedir um favor a você geraria tanta discussão. — responde sem acreditar nas minhas alegações para não deixá-la tocar em mim.

— Por que você não pede para um de seus amigos levá-la? — questiono sem entender, porque quer que eu a leve.

— Será porque eles estão longe e você está perto? — responde sarcástica.

— Se você quiser eu grito. — digo dando outra opção.

— Por favor! Você quer que eu implore? — diz em tom de súplica.

— Não caio nessa mais não, você me enganou na corrida. — falo sorrindo.

— Só fiz isso porque você não confirmou se queria correr ou não. — revida justificando-se.

— Está bem, mas já aviso que estou fazendo isso porque sou um cavalheiro e você não sabe nadar. — falo com sinceridade.

— Quanta modéstia Sr. Frateschi, mesmo assim obrigada. — agradeçe e sobe em minhas costas. Sinto um choque quando ela me toca e um arrepio percorre meu corpo.

Ela segura nos meus ombros, enquanto ando pela parte mais rasa da lagoa. Ficamos em silêncio, eu por não saber direito o que está acontecendo comigo, faz tanto tempo que não sentia essas sensações que fico me perguntando se estou ficando doido realmente, ou se essa garota autoritária e tirana está virando minha cabeça.

Chegamos do outro lado onde todos estavam,  e Taylor diz com a maior naturalidade do mundo.

— Nossa Krysna não esperou nenhuma semana e  já está se apaixonando pelo Frateschi? — eles dão gargalhadas na maior cara dura como se eu não estivesse presente.

— Vai se ferrar Tay. — responde irritada descendo das minhas costas. — Henrique somente me deu uma ajuda pra voltar.

— Mas também num paraíso desse, até eu estou afim da Sharon. — Steve diz sério.

Fiquei irritado em ser o centro da palhaçada, sai da água e fui até carro, vou esperá-los lá, não sou palhaço para fazer entretenimento pra ninguém, não preciso disso.

Passaram mais de duas horas e finalmente

eles vinham descendo a morraria, entrei na cabine com o motorista e o guia, não queria olhar pra eles. Já era mais de meio dia, quando saímos dos lençóis.  Durante a volta vieram com a mesma empolgação da ida, como não é época das chuvas, chegamos antes do previsto.

No estacionamento,eles agradeceram o guia e o motorista, fizeram elogio sobre o trabalho deles, dei uma gratificação a ambos e eles fizeram o mesmo. Gosto de valorizar o serviço das pessoas, dessa forma consigo que trabalhem com mais entusiasmo.

Não falei nada com eles e me dirigi ao elevador, passando pela recepção pedi a Priscyla que os atendesse e que avisasse Cláudio que eu já estava no hotel, que dissesse ao Sebastian “chefe do restaurante” que eu almoçaria na suíte.

Cheguei a minha suíte morto de cansado, não lembrava que diversão também cansa. Tomei um banho demorado, vesti um roupão, liguei para o restaurante e pedi o almoço. Fiz uma ligação para os hotéis Frateschi, enquanto esperava a comida ficar pronta.

Passei mais de uma hora ouvindo o relatório dos meus gerentes. Não custarei a ir visitá-los, sabe como é o ditado “os olhos do dono é que engorda o gado”. Mesmo que estejam super bem, tenho que estar presente, pelo menos uma vez ao mês.

Ainda estava conversando com Gabriel no celular, quando escuto batidas na porta. Abro a porta é a  garçonete com o almoço.

— Boa tarde Sr. Frateschi trouxe o seu almoço. — diz ela com gentileza.

— Coloque naquela mesa por favor. — respondo chegando perto dela, olho o broche no uniforme para ler seu nome. — Oh Josy, deixa eu te ajudar, estou morrendo de fome. — digo desligando o celular e ajudo com a bandeja.

— Espero que goste senhor, já que é a primeira vez que o senhor vai provar a galinha caipira com pirão. — ela recomenda atenciosa.

— Só o cheiro já está me dando água na boca. Vou gostar com certeza. — dou um sorriso, tranquilizando-a. Ela sai e eu saboreio a minha refeição que  estar simplesmente divina.

Passei a tarde toda na sala de Cláudio  programando a minha visita no prédio da prefeitura onde irá funcionar os cursos de capacitação em línguas que estou patrocinando, iniciaremos as aulas com uma palestra minha. Cláudio saiu pra buscar um café e só voltou depois de meia hora com uma conversa bem esquisita.

— Henrique estão requisitando sua companhia para uma party's(festa).  — fala receoso da minha reação.

— Como é? Não entendi! — falo confuso, não tenho nenhum compromisso.

— A senhorita Krysna e seus amigos solicitam encarecidamente que o Sr. Henrique Frateschi dê-lhes a honra de sua companhia para uma festa no Club Docas Bar. — diz ele lendo um pedaço de papel.

— Você pode estar brincando comigo? — respondo com outra pergunta, não posso acreditar nisso, depois de me fazerem de palhaço.   

— Não estou não! Olhe escrevi o que eles mandaram, veja aqui a assinatura deles. — revida me encarando segurando-se para não sorrir. — veja pelo lado bom Henrique, eles ficarão somente dois meses, passa voando. Logo irão embora.

— Acontece meu caro amigo, que nunca estive nessa situação, sendo “damo de companhia”. — digo desnorteado. — estou me sentindo um escravo das vontades dela.

— Dela quem? — pergunta curioso. — pensei que estávamos falando deles.

— Eu estava falando deles. — revido confuso, já nem sei mais de quem estou falando.

— Qual é a sua resposta? — indaga com reserva. — fiquei de levar sua decisão logo.

— Fazer o quê? Inauguramos a quase um mês o hotel está cheio, as suítes ocupadas por estes mimados, então diga que vou. — respondo com expressão de derrotado.

— É assim que se fala garoto! — diz Cláudio aprovando minha decisão. — horário 21:40 pm, esteja estiloso…hahaha! — sai sorrindo. Não sei porque não fico bravo com ele por apoiar essas doidices.

Já são 18:50pm, vou para o restaurante fazer uma refeição leve, pois sair com o estômago pesado não é nada legal. Quando terminei meu jantar, subi para meu quarto, deitei na cama para assistir TV, acho que acabei dormindo, pois acordo atordoado com o barulho de batidas frenéticas na porta. Vou andando até a mesma e ao olhar para meu pulso, o relógio mostra que é mais de nove e meia. Abro a porta e me deparo com…..

  

Um Deserto Com Oásis de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora