Capítulo Trinta e Oito

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"Então eu vou te amar como se eu fosse te perder
Eu vou te abraçar como se eu estivesse dizendo adeus
Onde quer que estejamos, eu vou te valorizar
Pois nunca sabemos quando
Quando o nosso tempo irá acabar
Então eu vou te amar como se eu fosse te perder
Eu vou te amar como se eu fosse te perder

Num piscar de olhos, assim como fumaça
Você pode perder tudo, a verdade é que nunca se sabe
Então vou te beijar por mais tempo, amor, qualquer chance que tiver
Eu vou aproveitar ao máximo os minutos e amar sem arrependimentos"

Like i'm gonna lose you (Traduzida) -Fifth Harmony













Like i'm gonna lose you (Traduzida) -Fifth Harmony

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O caminho de volta é feito em silêncio. Observo pelo canto do olho Maurício com os nós dos dedos brancos devido a força que exerce ao apertar o volante enquanto dirige. Me sinto culpada cada vez que olho para sua boca que está inchada e com um pequeno corte por causa do soco que Miguel lhe acertou.

-Eu sinto muito. -digo após interromper o silêncio sepulcral que paira no ar. -Meu irmão não deveria ter te batido sem nem ter um motivo.

Quero me desculpar pelas atitudes erradas de meus irmãos e desfazer esse clima ruim que há entre nós, porém Maurício sequer desvia o olhar em minha direção ou manifesta alguma reação de que ouvira o que acabo de dizer. Mas tenho plena certeza de que ele escutou pois sua mandíbula se aperta ainda mais em uma carranca séria.

-Você pode por favor, dizer alguma coisa, Maurício? Nem que seja para gritar ou ficar indignado, mas diga alguma coisa. Esse silêncio está me matando. -peço com um suspiro.

Vejo pelo espelho retrovisor o carro de polícia a paisana que nos segue fazendo a nossa escolta até o abrigo novamente.

-Sabe o que me deixa realmente mais irritado nessa situação, Isadora? -sua voz sai cortante após alguns segundos e eu me assusto com o seu rompante. 

Não o respondo, sei que é uma pergunta retórica e ele tem mais para falar, então permaneço como estou, ouvindo-o. Afinal de contas eu é quem tinha iniciado o assunto, certo?

-Não foi nem a agressão física desproporcional e gratuita. Por mais que eu também não tenha apreciado essa atitude. Contudo, o que mais me deixou bravo foi a falta de confiança que seus irmão demonstraram em mim. Nem parece que nos conhecemos há anos e que era tratado como da família. Eu já fiz tanta coisa... estive presente nos melhores e piores momentos dando sempre o meu apoio, para no fim ser resumido isso.  -Maurício acusa e posso sentir o ressentimento pingando em cada palavra.

O carro faz a curva fechada que antecede o portão da propriedade de Itan e logo depois estamos parados em frente ao mesmo, onde Maurício digita rapidamente o código de segurança. Entramos sendo acompanhados pelo carro de escolta bem atrás de nós e em seguida o portão é fechado com o controle automático. 

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora