Capítulo Sete

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"Medo de não fazer um único somMedo de nunca achar uma saídaMedo de que nunca seria encontradoEu não quero enfrentar outro roundO poder de um homem com raiva irá lhe calarArmadilhas preenchem a casa com amor que anda na ponta dos pés"

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"Medo de não fazer um único som
Medo de nunca achar uma saída
Medo de que nunca seria encontrado
Eu não quero enfrentar outro round
O poder de um homem com raiva irá lhe calar
Armadilhas preenchem a casa com amor que anda na ponta dos pés"

Guts Over Fear (traduzida) -Eminem feat. Sia



[SEM REVISÃO]


-Maurício... Maurício... Você consegue me ouvir? -sussurrei tão baixo que até eu mesma duvidava ter ouvido algum som saído da minha boca.

-Consegue abrir os olhos? Consegue ao menos se mexer dando algum sinal de que me entende? -eu estava entrando em desespero com a falta de resposta de Maurício que permanecia desacordado desde a colisão.

A colisão... só de lembrar eu já sentia algo dentro de mim vibrar, meu estômago se contorcer ao ponto de colocar todo o meu conteúdo estomacal para fora. Tudo aconteceu muito rápido e sem aviso, quando percebemos algo de errado era tarde de mais para fazer qualquer coisa e o carro em que estávamos era lançado para fora da pista.

Primeiro houve um som estridente muito alto, depois veio o impacto forte de algo grande e pesado se chocando contra a porta e logo em seguida os vidros estourando para todos os lados, rasgando, cortando e dilacerando tudo que encontrava em seu caminho, incluindo nossos corpos, cada camada de pele exposta não deixou de ser poupada. Depois fomos chacoalhados com violência de um lado para o outro dentro do pequeno veículo e só não atravessamos o para-brisas graças ao cinto de segurança que nos mantinham em nossos acentos.

Foi apavorante, mas nem tempo para sentir medo houve, porque em seguida me lembro de ver o carro capotar várias vezes até cair definitivamente em uma vala profunda há muitos metros de distância da rodovia. Eu não conseguia parar de piscar os olhos freneticamente tentando ajustar minha visão ao breu da noite. Um cheiro forte de fumaça vinda do capô irritava meu nariz e todo o meu corpo protestava de dor na posição em que se encontrava, então com cuidado me desvencilhei do cinto de segurança e saí de cima do câmbio apoiando meu braco esquerdo em cima do airbarg que se inflou com a batida.

Porém quando olhei para o acento do carona ao lado meu coração perdeu uma batida e eu entrei em desespero. Com a respiração acelerada feito um filhotinho que se perdeu da mãe, tateei o pescoço de Maurício em busca de pulso, já que ele claramente estava desacordado e com um corte profundo próximo ao couro cabeludo que me deixava seriamente preocupada.

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora