Capítulo Trinta e Nove

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"Estou sentada, com os olhos bem abertos
E eu estou com essa coisa na minha cabeça
Me perguntando se eu desviei de uma bala
Ou se acabei de perder o amor da minha vida, ooh

Amor, amor, eu me sinto como se estivesse louca
Acordado a noite toda, a noite toda e todos os dias
Eu te dei algo
Mas você não me deu nada
O que está acontecendo comigo?

Eu não quero viver para sempre
Porque eu sei que estaria vivendo em vão
E eu não quero me encaixar em nenhum outro lugar 
Eu só quero continuar chamando o seu nome
Até você voltar pra casa"

I Don't Wanna Live Forever (feat. ZAYN) Taylor Swift




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Um grito desesperado sai de dentro de mim enquanto abraço fortemente o corpo desfalecido de Maurício em meus braços.

-Por favor, meu amor... -sussurro em seu ouvido. -Não me deixe. Eu te amo, não aguentaria viver uma vida sem você, sem o seu amor, sem o seu carinho. Abra os olhos, volta para mim. -eu imploro sentindo as lágrimas pingando dos meus olhos e caindo sobre seu rosto pálido. 

Minhas mãos estão cobertas de sangue onde pressiono a ferida para que não perca mais do que já estava perdendo. A visão de todo esse mar vermelho em mim mas que não me pertence, faz com que eu me sinto suja, culpada e com medo por essa situação. A culpa é minha, se não fosse por mim Maurício nunca estaria nesse estado correndo perigo de morte. Tenho que fazer algo, alguma coisa que ajude a salvar sua vida que escorre pelo ralo a cada segundo que se passa e o socorro não vem. 

-Você vai sair dessa, eu sei que vai. É o homem mais forte e corajoso que conheço. -digo beijando seus lábios contudo não sou correspondida.

A sensação de impotência me atinge por não saber como agir e o pânico começa a se instalar sorrateiramente em minhas veias, nublando minha visão e todo o tipo de percepção que eu deveria ter do ambiente a minha volta. Mal sinto quando mãos apressadas me seguram e me afastam para longe de Maurício que está deitado no chão da cozinha com certa rapidez, que só me dou conta quando estou distante o suficiente para não poder mais tocá-lo.

-Ei, o que está fazendo? -me exaspero quando vejo o policial que a pouco tempo estava na sala trocando tiros com os bandidos e agora está aqui rasgando a camisa social de Maurício.

-Fique quieta dessa vez, garota, para que eu possa fazer o meu trabalho de cabeça fria. -ele resmunga irritadiço, mas eu não me encolho. 

Ele que teria que me dizer o que estava acontecendo ou eu não iria deixa-lo em paz. Não quando ele estava literalmente com a vida de Maurício nas mãos. 

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora