Capítulo Treze

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"Tive que mudar, não porque eu gostaria, foi uma questão de sobrevivência

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"Tive que mudar, não porque eu gostaria, foi uma questão de sobrevivência."

Kléber Novartes












-Chegamos. O voo de vocês sai em alguns minutos. Lembrem-se de todas as orientações, não confie ou converse com estranhos e nada de ligações, estamos entendidos? -o cara repassou as regras mais uma vez, reforçando os pontos altos que considerava importante.

-Claro. Perfeitamente. -Isadora concordou com os olhos aficionados nele, demonstrando que prestava atenção em cada palavra dita.

-E você... -disse apontando para mim. -Fique sempre atento e de olho na loirinha. Não se separem em hipótese alguma. Vocês tem que permanecer grudados um ao outro, como recém-casados apaixonados e idiotas. Assim ficará mais difícil que se percam e por consequência um de vocês acabe sendo pego.

O homem manobrou o carro, seguindo para a parte menos movimentada do estacionamento do aeroporto. Após verificar o perímetro e checar se a barra estava limpa, parou em uma vaga mais afastada dos demais veículos.

-Se ela for até no banheiro, vá também, mas nunca, nunca se separem.

-Você foi bastante incisivo nas primeiras vinte vezes, então acho que nós entendemos o recado. -digo com uma pontada de irritação na voz. -Obrigado pela ajuda, mas de agora em diante é conosco.

-Se cuidem, hein? 

Ele parecia genuinamente preocupado ao dizer, mas nada acrescentou antes de destravar o carro e verificar se estávamos levando todo o material necessário. 

-Boa sorte aí para vocês. -desejou ao girar a chave na ignição e dar partida sumindo no meio de outras dezenas de veículos que também seguiam para a saída do aeroporto. 

-Vamos. -chamo Isadora que me segue de perto. -Você está bem? -questiono preocupado.

-Estou. -responde sucinta ao colocar os óculos escuros no rosto e esboçar um sorriso frio em minha direção antes de segurar minha mão livre.

-Isa? -fito-a surpreso com a atitude.

-Relaxa, Gustavo. Isso faz parte da encenação. Não precisa se ouriçar todo. -disse indiferente. -E é melhor começar a me chamar de Geovana... você sabe, para entrar no clima.

-Eu não estou todo ouriçado, Isadora. Na verdade, você não está me vendo reclamar sobre. Apenas fiquei surpreso, só isso. Não disse que achei ruim.

-É, mas não se anima muito não, Gustavo. Você sabe que nada disso é real, atenha-se ao que nós viemos fazer aqui, ok?

-Como queira, esposa. Mal nos casamos e já estou recebendo ordens feito um escravo.  -resmungo mal humorado. -É por isso que muita gente hoje em dia tem pavor da palavra que começa com ca... e termina com ...samento.

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora