Capítulo Quatorze

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"E acordei hoje e descobri que você estava esperando por mim e pensei
Woah, velho amigo isso é um misto de alegria e tristeza
Como você pode fazer isto comigo?
Como você pode fazer isto comigo?
Sim

Porque você não é quem você acha ser
Não há nenhum brilho nesses olhos castanhos, mas eles podem ser verdes se eles realmente quiserem
E eu posso deturpar suas palavras mas elas dizem exatamente o que mais machuca
Mas o silêncio é melhor do que risadas falsas ou fingirmos que estamos sempre bem"

Crash (Traduzida)- EDEN









A situação não estava nada bem. Não mesmo. Eu já estava por um fio de invadir uma farmácia qualquer daquele aeroporto e enfiar uma cartela de rivotril goela abaixo para não surtar. 

As pessoas querem me enlouquecer, é o que penso enquanto arranco furiosamente meus sapatos e os jogo sobre a bandeja com o restante dos meus objetos pessoais ao tentar, pela vigésima vez, passar pelo detector de metais sem apitar feito alarme de carro disparado. Logo uma pequena confusão se forma atrás de mim, as pessoas querem seguir adiante, cada uma para seu voo e eu simplesmente estava barrando o caminho. 

Eu sentia o suor escorrendo por minhas costas, o nervosismo de não saber o que fazer e o medo de ser reconhecida a qualquer momento faziam com que o oxigênio não chegasse em sua totalidade aos meus pulmões. Eu sabia que era bem real e muito grande a possibilidade de que eu poderia cair durinha no chão depois de um vergonhoso desmaio.

Aonde é que Maurício estava nesses momentos quando eu realmente precisava de uma mãozinha? 

Inútil. -bufo exasperada e sinto uma mão em meu cotovelo.

Viro-me e dou de cara com um segurança alto, de porte atlético, cenho fechado e grandes olhos azuis, que me tira da fila do detector, fazendo com que o caminho ficasse desimpedido para os demais passageiros, que já começavam a dar indícios de irritação com o incidente. 

-Aleluia, pensei que não sairia mais daqui hoje.  -uma mulher mal-humorada diz atrás de mim ao chegar sua vez.

-Queira me acompanhar por favor, senhorita. -ele pede e eu o acompanho para longe da multidão enraivecida pelo pequeno atraso. 

Ora, como se a culpa fosse minha! -me revolto em pensamento.

-Ótimo, é agora que me levam para aquelas salas de interrogatório escuras e começam a tortura com jatos de água gelada na minha cara, esperando que eu confesse ser uma traficante importante procurada pela interpol? -resmungo mentalmente.

-Como disse? -o homem se volta para mim com o semblante ligeiramente confuso. 

-O-o que? Eu não falei nadinha, juro. Minha boca está selada, feito um túmulo. -droga, eu devo ter acabado pensando em voz alta, me recrimino pela burrada.

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora