Capítulo Trinta e Sete

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"Vou esperar nos portões
Ou é uma fortaleza?
Eu estou chamando a culpa
Apenas me deixe possuir
Há coisas que eu pensei que poderia subir acima
E todas as coisas que eu pensava ser melhor 
Um covarde pode chamar isso de consciência
Um mentiroso pode dizer a verdade
Mas nada poderia me deixar mais assustado
Do que o pensamento de te machucar

Observando você flutuar pela ilha de areia
Antes do fogo começar, eu fecho meus olhos
E envolvo meus braços ao seu redor
Você se lembra do que eu sussurrei amor?
Você se lembra do que eu sussurrei, amor?"

Bear's Den (Traduzida) - Fortress







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Uma semana havia se passado mais rápido do que poderia imaginar. Como em um piscar de olhos, o dia da tão esperada audiência tinha chegado e eu, diferentemente das outras diversas vezes em que encarei adversários mais competentes e ferrenhos nos tribunais, sentia uma gama de emoções entre ansioso e agitado, com medo de falhar no trabalho mais importante da minha vida. O de defender alguém que não era apenas uma simples cliente, e sim, a mulher que detinha todo o meu amor e respeito. A dona do meu coração, Isadora Bertotti, que quem sabe um dia, no futuro carregue o meu sobrenome como minha garota, como Isadora Ferraz.

Visto meu terno com calma sem deixar nada fora do lugar, hoje é o dia, eu preciso estar devidamente preparado para enfrentar essa guerra e não posso deixar nenhuma brecha para que meus opositores usem contra mim. Tenho estudado e revisado desde a madrugada os autos do caso, analisando cada linha, cada margem ou abordagem que eu talvez precise fazer ou alterar de última hora. É claro que Itan estará presente e eu sempre posso contar com sua assistência jurídica caso entre em dúvida e precise de auxílio ou um conselho. Entretanto acredito que isso não será necessário, estou cansado por ter me levantado cedo, contudo, me sinto completamente preparado para o que virá.

-Precisa de ajuda com a gravata? -Isadora pergunta surgindo atrás de mim, fitando-me através do reflexo do espelho em que estou tentando me enforcar com o pedaço de pano.

-Claro, obrigado. -respondo virando-me em sua direção e Isadora se aproxima mais colocando-se a minha frente para executar a tarefa a qual não estou tendo exito. 

-Você está tenso. -ela afirma e mesmo não sendo uma pergunta eu assinto com a cabeça soltando um longo suspiro em seguida. 

-Estamos voltando hoje a cidade para enfrentarmos nossa primeira audiência e eu quero que tudo saia conforme o planejado. Não saber o que pode acontecer me deixa irritado e ansioso, gosto de ter o controle da situação. Mas não se preocupe. -eu a tranquilizo. -Estou mais do que pronto para o desafio. -digo depositando um beijo calmo e demorado em seus lábios quando ela termina de ajeitar minha gravata no pescoço.

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora