Capítulo Quatro

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"Você sempre quer o melhor pra mimE é o que me faz ir até o fimSei que não somos perfeitosMas você me aceita e eu te aceitoAs nossas diferenças só me fazem cresceramo a maneira que aprendo com vocêSomos colecionadores de históriasE eu preciso de v...

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"Você sempre quer o melhor pra mim
E é o que me faz ir até o fim
Sei que não somos perfeitos
Mas você me aceita e eu te aceito
As nossas diferenças só me fazem crescer
amo a maneira que aprendo com você
Somos colecionadores de histórias
E eu preciso de você em minhas memórias."

Maio - Daniela Araújo feat. Priscilla Alcântara


Eu sempre fui uma garota ativa, elétrica, que emanava agitação pelos poros. E é por causa desta mesma característica em particular, que muitas das vezes era impulsionada a fazer coisas que nem sempre eram bem aceitas pelas demais pessoas.

Porém, entra aí um fato crucial que sempre fora meu orgulho: nunca ser pega. Isso é.... até o dia em que fui pega em flagrante

Me lembro até hoje, do dia em que isso aconteceu. O dia em que ele me descobriu.

Eu tinha uns doze anos de idade e era a festa de aniversário de dezessete​ anos do meu irmão Kaile. Eu estava com algumas amigas minhas saltitando de um lado para o outro no salão em que ocorria o evento.

Um sorriso se forma instintivamente em meus lábios ao me lembrar daquele dia.

As luzes​ coloridas, as músicas ritmadas, os doces e as pessoas dançando. Ah, o cenário perfeito para a pequena arteira, como fui nomeada mais tarde, agir.

Até porque quem notaria uma garota alta, desengonçada, magrela, de aparelho ortodôntico e rabo de cavalo no alto da cabeça em uma festa cheia de adolescentes bem arrumados?

Se eu soubesse naquela época das coisas que hoje tenho ciência, não teria subestimado o poder de percepção de certos olhos verdes....

Mas como águas passadas não movem moinho, de nada adianta reclamar agora que já passou. Na verdade eu até creio que de alguma maneira aquilo tenha resultado em algo positivo.

Eu estava usando um vestido rosa claro que ia até a altura dos joelhos, já que eu tinha vergonha de exibir minhas pernas de vareta e não usava nada muito curto que chamasse a atenção para os varas de cutucar lua que eu chamava de pernas.

Boa parte da família já estava presente no local, mas Fernanda ainda não havia chegado. Eu estava morrendo de saudades dela e de Maurício que também era um grande amigo.

Há três anos atrás quando eles anunciaram que iriam se mudar para outra cidade para fazer faculdade, chorei muito. Me julguem, eu tinha apenas nove anos e não queria que eles fossem embora, que me deixassem para trás.

Eu até mesmo tentei me esconder no porta-malas do carro de Maurício, porém fui descoberta antes mesmo do motor do carro ligar. Quando ele foi colocar as malas fiz birra e me recusei a sair. Mamãe veio em minha direção desesperada e muito irritada pelo chá de sumiço que eu havia dado.

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora