Capítulo Trinta e Dois

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"O céu da cidade parece estar escuro esta noite
Estamos de costas com nossas cabeças abaixadas
Basta olhar para mim, me dê mais esta noite
Apenas me dê mais do seu amor agora
Vamos atear fogo à noite solitária
Você é lindo quando me olha
Vamos dar outra vida ao amor

Porque você estará a salvo nestes meus braços
Chame meu nome na beira da noite
E eu vou correr até você, eu vou correr até você

Eu correria até você, se você quiser que eu o faça
Só me dê algum tipo de razão
Eu tiraria a dor, levaria tudo embora
Dê algum tipo de sentido
Vamos nos libertar e dar um começo
Você sabe que estou sentindo o mesmo
Vamos nos libertar dos nossos corações partidos"

Run to you (Traduzida) -Lea Michele






Maurício está muito tenso, isto é mais claro do que a luz do dia para qualquer um ver

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Maurício está muito tenso, isto é mais claro do que a luz do dia para qualquer um ver. Tenho percebido a mudança drástica em seu humor desde que entrara em contato com Itan no Brasil quatro dias atrás em busca de novidades a respeito do caso. Novidades essas que não eram nada boas, diga-se de passagem. Eu tinha ouvido a conversa toda, do início ao fim, Maurício deixara a ligação no viva-voz para que eu fosse incluída igualmente no assunto que também dizia a respeito a mim. E por mais que ele não tenha feito mais do que sua obrigação nesse caso, fico contente por finalmente ver outra atitude para comigo nessa nova relação que estamos vivenciando.

Agora somos dois iguais. Sem segredos ou mentiras. Há lugar somente para transparência e cumplicidade nesse... namoro, se é  que podemos chamar essa coisa que ainda não nomeamos, mas que está acontecendo rápido demais entre nós.

-Maurício. -eu o chamo quando ele desfere mais um soco com força e raiva no saco de pancadas a sua frente.

Suas costas nuas estão brilhando de suor que escorre até o cós da calça moletom que usa um pouco abaixo da linha dos quadris. Ele está tão concentrado no que está fazendo que não escuta quando entro no porão e o chamo pelo nome.

-Maurício! -digo dessa vez mais alto e deposito o saquinho pardo com nosso almoço sobre a mesinha enferrujada que ocupa uma parte no canto do cômodo escuro e frio.

-O que foi, Isa? Algum problema? -ele pergunta segurando o velho saco de pancadas quando enfim para de esmurra-lo.

-Fora que já está tarde e você não comeu praticamente nada até agora, então não. -respondo ao cruzar o braço bom sobre o peito mesmo que ele não possa me ver.

Maurício ainda continua na mesma posição de costas para mim, e eu me pergunto se ele está evitando ter de me encarar.

-Eu comi uma maçã de manhã e tomei água agora pouco, não se preocupe.

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora