Capítulo Vinte e Dois

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"Escudos, proteções e coletes
Não funcionam direito, por isso você está em um armário cheio de dor
O inimigo por perto e as balas vem de seus amigos
O melhor remédio é provavelmente deixá-la vencer

Eu queria não sentir, eu queria não amar
Eu queria poder parar pois isso dói muito
E eu sou o único tentando nos manter juntos
Quando todos os sinais dizem para eu esquecê-la
Eu queria que você não fosse a melhor, melhor coisa que eu já tive
Eu queria que as coisas boas fossem maiores que as ruins
Pois isso nunca vai terminar, até você me dizer que acabou

Essas cicatrizes da batalha, elas parecem que não vão desaparecer
Parece que elas nunca vão embora
Elas nunca vão mudar
Essas cicatrizes da batalha, elas parecem que não vão desaparecer
Parece que elas nunca vão embora
Elas nunca vão mudar
Essas cicatrizes..."

Battle Scars (Traduzida)- Lupe Fiasco


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Faz algum tempo desde que Isadora disse que iria ao banheiro e não voltou até agora. Posso estar sendo meio paranoico, mas quinze minutos já se passaram, acho que isso é tempo suficiente para uma mulher fazer suas... necessidades, certo? O show terminou e as pessoas estão passando aos montes pelos portões de saída, indo embora para suas casas e eu me pergunto se ela não poderia ter se perdido no meio dessa confusão de gente. 

Sem conseguir esperar mais, sigo pelo mesmo caminho que Isadora havia percorrido e paro diante da porta do sanitário feminino. Dou dois toques na porta e a chamo

-Isa? -espero por sua resposta que não vem. -Geovana? -tento mais uma vez, com o nome certo, o que deveríamos utilizar porém nenhum som é ouvido do lado de dentro.

Não espero um segundo sequer, mesmo sobre o risco de estar cometendo um grande erro, empurro a porta com tudo e invado o local. Está vazio para meu desespero. Uma sensação de pânico me toma de assalto e eu preciso respirar fundo para não entrar em desespero. Tenho que me manter racional ou não irei chegar a lugar algum. Isadora estava bem, tinha que estar. Eu estava surtando atoa, ela provavelmente tinha voltado para junto do pessoal. Sim, era isso. Com a cabeça dolorida e uma enxurrada de pensamentos, me dirijo na direção onde os integrantes da banda se encontravam reunidos em meio uma conversa animada e muito riso. Varro os olhos por entre eles, entretanto não encontro quem procuro. Meu peito se comprime e dói, um mau presságio.

-Henriqueta! -eu a abordo de súbito e seguro seu braço ganhando sua atenção. -Onde ela está? Onde Geovana está? -pergunto agora sem a intenção de esconder o desespero. 

-Eu não sei, não a vi, por que? Algum problema?

-Talvez. Ela sumiu... eu acho. -levo uma mão a testa e esfrego o lugar criando um vinco de preocupação.

Transgressores -Os Bertottis #3 [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora