Alguém disse, vergonha alheia?

Nome errado

Mais um mico resultado da minha promiscuidade.

O nome do capítulo já me entrega, mas enfim, vamos lá reviver esse momento que eu quis muito esquecer.

Estava eu muito feliz com um esquema arrumado por uma amiga, e o menino é um babado. Lindo, educado, cheiroso e sabe puxar conversa.

Vale ressaltar que eu achava que estava precisando disso, já que eu estava com um menino na minha cabeça tinha um bom tempo, mas não queria fazer nada já que esse menino que tinha namorada e eu não destruo relacionamentos, pelo menos não que eu saiba.

Também vale a menção que eu já fui uma dessas pessoas que murmuram o nome dos caras quando eles fazem alguma coisa que é boa, mas não sou mais.

Todos temos pontos sensíveis e o Pedro não demorou muito para encontrar os meus - por favor, não pensem no óbvio, eu ainda tinha uns 16 anos e meus ficas eram bem inocentes, mão na cintura e beijos apenas.

Bastou seus dedos subirem lentamente pela minha coluna e aquela boca estar fazendo maravilhas perto do meu pescoço pra eu não ter mais certeza do que estava acontecendo - não demorou muito pro beijo se encaixar e não posso negar que ele beijava bem pra caramba.

Nem sei porque eu fiz isso, mas na hora eu abro a boca e solto a última coisa que eu deveria soltar - ou bem perto da última - um nome.

Mas claro que se eu tivesse falado um Pedro, não tinha dado problema. Claro que eu tinha que sussurrar "Hmmmm Tiago"

Na mesma hora eu engasguei com o ar e percebi que eu joguei a merda no ventilador na velocidade máxima e não tinha mais ninguém pra botar a culpa.

A mão que tava na minha cintura saiu na hora e ele se afasta de mim, me segurando pelos ombros e me olhando com uma cara nada amigável. Tadinho do Pedro recebeu esse Fatality no ego de graça.

Nem preciso dizer que o fica acabou ali. Pedi desculpas, mas o clima morreu e enterramos ele debaixo da minha vergonha.

🚫🅰

Uma desgraça só. Pelo menos esse acontecimento me ensinou a não usar nomes. A probabilidade de errar é grande demais para arriscar. Sempre que eu lembro disso sinto uma vergonha me queimar por dentro. Fico pensando que meu cérebro gosta de fazer altas pegadinhas do malandro.