Haiza

Capítulo Vinte e Um

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Ser feliz não é viver apenas momentos de alegria. É ter coragem de enfrentar os momentos de tristeza e sabedoria para transformar os problemas em aprendizado.

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- Não revisado

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Impecável em seu terno alinhado, Called percorria o corredor rumo ao salão A.

Fiel ao horário, como aprendeu desde pequeno com seu pai. Tinha passado a última hora com ele ao telefone.

O rei não se importava que o filho viajasse e aproveitasse a vida, nunca criticou ou foi contra qualquer coisa que Called quisesse fazer, desse que fosse responsável com suas obrigações.

E estar naquela Conferência era uma delas. Precisava representar seu reino, ser receptivo e falar por seu pai. O que era grande responsabilidade.

Contudo não era algo que o desagradava. pelo contrário, era completamente ciente de que o que plantava agora iria colher quando assumisse o lugar de seu pai como rei.

Pensou em Haiza, uma mulher completamente desejável, carinhosa, delicada e inteligente. A beleza singela era capaz de derrubar qualquer homem.

Era a mais próxima que havia encontrado para seu objetivo de chegar ao trono, ela seria uma boa rainha e uma excelente esposa.

No entanto a ferida que carregava era profunda e entendia isso, suspeitava que a cura para o coração partido, fosse o próprio amor que negava.

Rashad a amava, era nítido. Mas Haiza não se permitia perceber. Havia se interessado por ela desde o primeiro momento, ela o atraía. Porém a atração não era suficiente para se intrometer no amor mal curado dos dois.

Ele mesmo, procurava se beneficiar de tal dádiva. Queria uma rainha para seu reino, mas também queria uma mulher para amar e ser amado. Essa escolha pertencia a ela agora, não poderia deixar mais claro suas intenções.

Mesmo que não a amasse como Rashad, sabia que era questão de tempo, já eram amigos e compartilhavam paixões e afinidades. Fora a atração inegável. O amor viria com a convivência, com a parceria que constituiriam.

Era a melhor possibilidade que poderia imaginar, não era tolo de esperar ter uma paixão intensa para então decidir ter tal mulher. Era perigoso e incerto, ninguém pode prever quando vai se apaixonar.

Portanto, perda de tempo. Era mais válido escolher uma esposa e se apaixonar por ela.

O grande salão não estava tão cheio, calculou que talvez umas setenta pessoas circulavam por ali, o número esperado era um pouco mais acima.

Homens desesperados por dinheiro, investidores a procura de sua próxima vítima, engravatados arrogantes e exibicionistas de suas riquezas. Cada um buscando sua própria plateia.

Escondida em um canto qualquer daquele salão, evitando a bajulação dos abutres, Tullah bufava impaciente. Só iria apodrecer quando estritamente necessário.

Homens ricos não podiam ver alguém com um título real, que já queriam se auto promover, puxar o saco através de falsos elogios e admiração.

Odiava essa parte da vida de princesa, era a filha única do rei Fariq, a caçula de sua casa, solteira e sem prometidos. Ou seja, a última porta de entrada para o treino em Dubai.

Estava na mira de todos que a viam como uma Forma de escalada rápida até o topo.
Preferia mil vezes estar no patio de seu Palácio recebendo a admiração sincera e singela de seu povo, do que estar ali sendo atacada por olhares de interesse.