Capítulo Vinte

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“Às vezes, a verdade não é boa o bastante.
Às vezes, as pessoas merecem mais.
Às vezes, merecem ter toda a sua fé recompensada.”


Batman




Dias Depois...

O saguão do grande hotel estava movimentado, o fluxo de pessoas indo e vindo, rostos desconhecidos conversando entre si em pequenos grupo de três ou dois.

Talvez por isso o calor. Haiza abanou o rosto rapidamente, o gesto sendo suficiente para que o funcionário atrás do grande balcão reluzente, sinalize para  alguém verificar o ar.

Chegava a ser vergonhoso a atenção que a classe rica exigia, não se considerava pertencente a classe e no fundo já esperava tais " protocolos".

Dubai era exuberante, conhecido por sua riqueza sem medida, luxo e conforto. Um país de primeiro mundo.

Estava em um dos melhores hotéis que receberia Boa parte de todo camada empresarial árabe.

Os maiores investidores, aqueles que mandavam a elite da economia árabe estariam ali para a conferência, ou seja, perfeição desde o lençol esticado até a temperatura ideal.

Haiza terminou de fazer seu check-in já ansiosa para ir embora. voltar para seu preciso Egito. Mas não poderia, não por enquanto.

O resguardo de Ísis não demoraria muito mais e quando chegasse ao fim, sabia que precisaria tomar alguma decisão.

As poucas semanas que se passaram desde quando Rashad tinha ido embora, foram completos de noites mal dormidas e dias arrastados.

A agonia dele, parecia ser a sua própria, dividiam a mesma dor. Podia sentir, sem que  abrisse a boca, a alma dele estava tão partida quanto a sua.

Rashad estava certo em algo, ninguém tinha direito de amar. O dever com a tradição era o que valia, alguns tiravam a sorte de o dever trazer o amor com o tempo.

Mas e aqueles que tropeçam no amor a caminho do dever?

Ainda assim, não importava. Compreendeu que sua mágoa, não era por Rashad ser noivo em promessa a tradição familiar. Mas por fazê -la mulher, pertencendo a outra e nem ao menos confessar.

Ao menos os passeios que fazia com Called lhe alegram um pouco, ele estava cada vez mais próximo, desenvolveram uma amizade gostosa e saudável. Tinham descoberto paixões em comum, além dos livros.

Sentia-se bem com Called, ficavam a vontade e conversavam livremente sobre qualquer assunto, o que permitiu que ela lhe contasse sobre Rashad. Não toda história, mas o suficiente para ele entender as marcas dela e a resistência quanto a se abrir novamente.

Como um perfeito Príncipe, ele foi discreto e respeitoso. Contudo não pôs a margem o seu desejo.

Lembrava-se bem das palavras dele, na sacada de um dos quartos, numa noite em que admiravam as estrelas.

- É estranho correr atrás do amor. É da nossa natureza acreditar que ele vai surgir em algum momento das nossas vidas, não que vamos percorrer toda Arábia até achá-lo — ele tinha tirado os olhos das estrelas e a olhado profundamente, de modo que as palavras dele tilintaram a mente de Haiza toda a noite — não somos como todo mundo, somos desprivilegiados tentando encontrar a agulha no palheiro e eu não pretendo deixar passar alguém tão especial que eu possa facilmente amar.

HaizaOnde histórias criam vida. Descubra agora