Haiza

Capítulo Quinze

Olá meus amores! No último capítulo eu notei grande divergência de opiniões e queria deixar aqui um espaço livre para uma questão:

Pra quem estão torcendo?

#TeamRashad

#TeamCalled

Deixe aí sua hashtag e se ainda está em dúvida, comente nos próximos capítulos!

"Louco é quem disse que o amor era bonito. Não, o amor é sacrificante, doloroso e abstinentente e de nada serve se sua outra metade não lhe encontrar no meio do caminho. "
- Rashad Tarek

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Os lugares foram dispostos de maneira organizada a mesa de jantar. Inrham a ponta da mesa e a mulher a sua direita, de frente para Hamadi e ao lado  esquerdo do patriarca estava o convidado surpreso que instigava olhares especuladores da maioria.

 Called parecia disperso de toda a tensão que causava nas pessoas, sorrindo educadamente e trocando breves palavras com o pai de Ísis. Ao lado de Called estava Rashad e em seguida Hashid. 

No lado oposto Ísis ocupava o posto ao perto da mãe, sendo seguida pelo Jahi e Haiza. Uma espécie de cadeira com pernas altas e cintos, mantinham Samir na mesma altura que os demais. O anfitrião do nosso jantar observava tudo ao redor com aqueles pequenos olhos atentos, tranquilamente movia os braços ou as pernas, chamando a  atenção para ele.

Samir era um bebê grande e bem esperto para o pouco tempo de vida, mas também era bem silencioso, com tanto que estivesse com a barriga cheia e as fraldas trocadas, não se ouvia o menor resmungo. 

Díficil era aquela bolinha gorda e fofa não arrancar um sorriso de fascinação. Haiza não conseguia limitar o riso ao olhar a criança, que lhe despertava a pureza e inocência. 

Rashad não a deixou de observar, sentindo seu corpo se estremecer e aquecer com a visão daquele sorriso singelo que se lembrava e tanto sentia falta nas feições da bela mulher. 

Impossível desviar os olhos de tal maravilha, lambeu por completo sua expressão querendo guardar aquele momento que já não acontecia com a mesma frequência. O brilho nos olhos, o sorriso espontâneo, a cor que suas faces adquiriam... a cor... lembrou de quando a viu corar diante daquele homem desconhecido.

A sensação era de ter seu estômago esmagado, ele a fez corar e sorrir com a mesma singeleza de quando a conheceu e isso atingiu Rashad em cheio, o segundo golpe veio quando o ouviu dizer o motivo pelo qual veio ao Egito.

O desespero o consumiu naquele momento, a mente traiçoeira começou a idealizar a possibilidade de Called despertar algum interesse em Haiza, quem não se interessaria?  ela era deslumbrante. envolventemente simples... e aquela troca de olhares?      

Seus pensamentos começaram a lhe pregar peças, tinha respirado fundo e se convencido de que isso não era possível, Haiza era uma mulher, não poderia ser dada em casamento, o único que poderia desposá-la era ele próprio. 

Convenceu a si mesmo de que essa resposta era o suficiente, tomou seu lugar a mesa um pouco menos temeroso, Haiza estava no lado oposto no outro extremo da mesa de jantar, ou seja, longe o suficiente de Called e segura, o que achava muito conveniente para sua saúde mental.

Arriscou olhar para o monarca ao seu lado e o viu com os olhos diretamente ligados ao de Haiza, que ainda tinha sua concentração tomada pelo bebê de Ísis. 

O príncipe admirava o mesmo que ele a momentos antes? Não! definitivamente não havia hipóteses para que seus pensamentos tomassem o rumo da realidade, isso não parecia possível.