Capítulo 33 - Sónia recebe uma pen misteriosa

7 0 0
                                    

No dia seguinte

8h51

(na mansão dos Andrade, na sala, Madalena prepara-se para sair)

(Gustavo entra)

Gustavo - Onde é que tu vais tão cedo? Que eu saiba, a tua sessão de Yoga é só às 10 horas!

Madalena - Eu sei, mas ontem eu estive a pensar...e durante a noite, uma ideia fenomenal veio-me à cabeça para descobrir onde vive o teu irmão!

Gustavo - (suspira) Madalena, esquece essa ideia peregrina de encontrar o Carlos! Tu sabes que não há solução para que a minha mãe o aceite! Só o vais humilhar ainda mais!

Madalena - Oh que coisa, Gustavo! Eu vou encontrá-lo e vou arranjar uma maneira de mudar esse sentimento de rejeição que a poderosa Eugénia tem quanto a ele! Ele é do teu sangue...temos de o integrar!

Gustavo - E como é que tu pensas fazer isso?

Madalena - (sorri) Logo verás, meu querido! Até logo! (sai)

(Eugénia entra)

Eugénia - A criada intrusa ainda não desceu?

Gustavo - (suspira) Mãe...

Eugénia - Vamos comer!

Gustavo - O Fábio já saiu e a Madalena também teve de ir tratar de um assunto!

Eugénia - (risos) Desde quando é que essa mulher tem assuntos para tratar! Ela é uma inútil!

Gustavo - Pare com isso! Vamos comer, sim!

(ambos vão para a mesa)

(no quarto de Íris e Fábio, 2 criadas escutam-na atentamente)

Íris - Perceberam bem? Eu quero os meus cremes bem alinhados no móvel que eu vos indiquei...o mesmo se aplica aos perfumes! A minha roupa tem de estar sempre pronta a usar, com isto digo, limpa e arrumada! A cama onde eu e o Fábio dormimos também deve ser feita logo pela manhã! O quarto aspirado e sem pó 2 vezes por semana e, como devem calcular, eu não me quero cruzar com as pessoas desta casa, portanto o pequeno-almoço é me trazido à cama todas as manhãs em que o Fábio tem faculdade! Ele não pode saber que eu evito a família dele!

Criadas - Sim, senhora!

Íris - Bom, ainda bem que são rápidas a raciocinar! Não quero erros, entendidas? Saiam!

(ambas as criadas saem)

(Íris sorri e suspira de alegria)

(na rua, Sónia caminha com um jornal na mão)

Sónia - (falando para si) Ai, como é que eu vou encontrar um emprego assim do nada...sem currículo, sem habilitações! (suspira) Estou perdida!

(Sónia entra por uma rua, olhando para o jornal)

(começam-se a ouvir gritos e gemidos de dor algures na rua)

(Sónia nervosa, olha à sua volta e não vê ninguém)

(os gemidos tornam-se mais fracos e difíceis de ouvir)

Sónia - (cada vez mais nervosa) Está alguém aí? Por favor, respondam!

(uma voz vinda de uma ruela da rua)

(Sónia larga o jornal e a mala e corre até lá)

(quando lá chega, fica em choque)

(uma mulher ensanguentada, deitada na ruela, tenta falar enquanto quase perde os sentidos)

Sol de VienaOnde histórias criam vida. Descubra agora