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Arizona Robbins.

Callie e eu estávamos em uma fase tão boa do nosso relacionamento, onde não existia rótulos, mas também não exista a necessidade de rotular nada. Não estávamos namorando, mas também não estávamos solteiras e eu gostava disso. Gostava da liberdade que tínhamos tanto sozinhas, como uma com a outra.

Na verdade, eu estava tentando ir com calma, sem pressa, sem ir com tanta sede ao pote, não queria estragar nada apressando as coisas. Minha vida estava uma correria só, intercalava entre Seattle e Santa Monica, não queria deixar meu emprego dos sonhos e também não queria deixar Calliope. Então, continuava com meus pacientes durante a semana, e aos sábados e domingos, ficava em Seattle com a mulher da minha vida.

— Queria poder ter você todos os dias. – Callie choramingou, com o rosto enfiado no meu pescoço.

— Isso é tudo o que eu mais queria!!! Não aguento mais ter que me despedir de você, só de pensar que amanhã já vou embora acaba com toda a minha graça.

— Você não precisa ir. – ela disse, se levantando e apoiando os cotovelos na cama. – Porque cê não volta a trabalhar no seattle grace?

— Eu gosto tanto de Santa Monica. E também tem a questão do Shepherd não me querer de volta, né?!


— Como não? Ele é louco pare te ter de volta! As vezes ele me pergunta tanto sobre você que eu fico com ciúmes! – ela brincou, me arrancando uma risada.

— Eu realmente preciso pensar sobre isso. – suspirei.


— Quando for pensar nisso, lembra que podemos nos ver todos os dias. Lembra também, que podemos nos encontrar todos os dias, e que eu posso te dar muitos beijos durante o expediente! – ela disse, subindo nas minhas coxas, colocando uma perna de cada lado do meu corpo.

— Ah, mas com você me dizendo todas essa vantagens, acha que eu preciso mesmo pensar? – perguntei, segurando meu rosto e a olhando fixamente.

Ela sorrindo tão lindo assim, pertinho de mim, com os olhos brilhando e um sorriso bobinho no rosto, como eu poderia não ter me apaixonado? A beijei pela milésima vez naquela noite, nosso beijo tinha uma sintonia perfeita e poderia ficar horas ali desfrutando do gosto e das habilidades dela. Eu queria aproveitar tudo, o máximo que conseguiria.

Callie deitou por cima de mim, enquanto eu passava a mão pelo cabelo dela e olhava para o teto. Em silêncio, ela pegou o celular e começou a mexer, estávamos em um clima confortável. Eu ainda pensava seriamente em como faria para voltar para Santa Monica sem ter que deixar meu coração partido, com ela ficando ali.

— Porque você não vem comigo para Santa Monica? – perguntei, como se uma lâmpada brilhasse na minha cabecinha.

— Ah, nem pensar. Nunca sairia de Seattle, ainda mais para esse lugar! Tenho meus amigos, minha família, o hospital que é praticamente minha vida, seria milhares de vezes mais difícil pra mim.

— Injusto a decisão ter que ser minha, você não acha?!

— Acho não! Foi você que inventou a moda de ir pra lá! – resmungou. – Temos duas opções. Continuarmos com essa saudade infinita, tentando mata-la nos vendo apenas DOIS dias por semana, ou você parar de gracinha e vir logo pra seattle. E então, qual vai ser? – ela me olhou, mordendo o lábio inferior nervosa.

Eu revirei os olhos, ainda sem uma resposta certa. Callie não falou mais sobre aquele assunto, visto que eu deixei ele de lado. Ela me deu um selinho se sentando na cama, puxou o lençol para cobrir uma parte de seu corpo nu.

Com amor, Robbins. ~ Em Revisão ~Onde histórias criam vida. Descubra agora